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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cumprimento da profecia de Moisés - mensagem 44


CUMPRIMENTO DA PROFECIA DE MOISÉS
JOSUÉ SERIA OU NÃO O SUCESSOR DE MOISÉS?

Introdução:
Deus permite muitos acontecimentos para que a Palavra entregue pelo profeta se cumpra. Israel estava prestes a entrar na Terra Prometida. Eram os últimos preparativos para a entrada triunfal. Moisés sabia que não entraria (Dt 3.26, 4.21), mas não poderia desamparar aquele povo. Foi apresentado a eles as bênçãos e os alertas para que evitassem a maldição sobre eles.

Desde o inicio da jornada, Moisés contava com a fidelidade de Josué (Ex 32.17; Nm 14.5-9) seria natural, que pela sua proximidade ao grande legislador, fosse ele o legítimo sucessor. Mas quando ele ouviu a profecia, temeu de principio, pois como poderia suceder Moisés se este já estava profetizando a presença de um rei entre aquele povo. O tempo para o cumprimento para esta profecia seria longo, poucos mais de 350 anos, mas Josué não sabia disto, somente Deus.

O grande desejo de Josué era suceder Moisés? Ele se imaginava em condições para tal? O certo é que deve ter se preocupado ao ouvir que aquele povo teria um outro governante. E ele? Depois de todo o seu esforço, como ficaria nesta história? Teria ele pensado em desistir de tudo, já que estava previstoa a presença de um rei entre eles (segundo a profecia de Moisés) ou ele resolveu esperar em Deus.

Quantas vezes desejamos algo em nossa vida, reconhecimento, promoção, oportunidades e outras infindáveis coisas e quando estamos prestes a receber, por não distinguirmos, não entendermos ou por não conhecermos o tempo de Deus, imaginamos que jamais receberemos?

1) Preocupação de Moisés – Dt 28.36:
Moisés sabia que não entraria na boa terra que receberiam por herança, mas ainda se preocupava muito com aquele povo. Não havia ali outro homem com aval de Deus para exercer autoridade sobre eles. Arão reconheceu isto (Nm 12.11), depois que viu sua irmã leprosa, por terem, os dois se levantado contra Moisés. Esqueceram-se que Deus ouve tudo, inclusive murmuração (Nm 12.2).

A grande preocupação de Moisés era na possibilidade de novamente ter que enfrentar outra situação como esta. Outra rebelião? Outra contestação de sua autoridade? Miriã e Arão já estavam mortos (Nm 20.1; 20.29) e Corá, Datã, Abirão e Om também (Nm 16.28-35). Quem seriam agora os que se levantariam contra ele, ainda mais no final da caminhada, nas vésperas da entrada na Terra Prometida. Teriam tempo para a rebelião e instituição de uma nova forma de governo entre eles? Imaginem então o que fariam além do Jordão?

Moisés era profeta e estava alertando o povo sobre o futuro deles. Estava prevendo a instituição da monarquia, devido ao coração duros (I Sm 8.5).

2) A instituição da monarquia – I Sm 8.5
A primeira forma de governo dos recém saídos do Egito foi a patriarcal, não davam um só passo sem a permissão ou aprovação de Moisés, quando faziam isto eram castigados, pois se caracterizava, e de fato era, a desobediencia a vontade de Deus (Ex 32.1-6). A esta forma de governo seguiram se outras após, a saber o militarismo com Josué, a civil com os juízes, até que fosse necessário um outro tipo de administração, segundo o pedido da própria nação.

Foram três os motivos apresentados pelos anciãos de Israel para que fosse constituído sobre eles um rei:
a) Samuel estava velho;
b) Os filhos de Samuel não andavam conforme o pai;
c) Eles queriam ser como as outras nações.

Mas eles já tinham um REI (I Sm 8.7).

3) O primeiro rei – I Sm 9.2 e o “segundo” rei
Saul reunia todas as condições para ser elevado a condição de rei em Israel, vejamos:
a) Jovem – Davi também era (I Sm 16.11). Era o menor dos filhos de Jessé;
b) Beleza – Davi também tinha (I Sm 16.12). Era de formoso semblante;
c) valentia e preocupação com rebanho do pai – Davi também demonstrava isto (I Sm 17.34-36).

Mas o rebanho de seu pai era de jumentas, enquanto que o rebanho do pai de Davi era de ovelhas (I Sm 17.28b). Os dois deram a vida para proteger os respectivos rebanhos.

A diferença entre eles era que Davi se dispunha a proteger o rebanho de seu pai enquanto que Saul necessitava ser mandado (I Sm 9.3) e ainda precisava de ajuda.

4) Cumprimento da profecia de Moisés
Moisés não deveria temer pela perda de sua autoridade naqueles últimos dias de sua administração. O cumprimento se daria muitos anos após a entrada de Israel na Terra Prometida.
a) O rei já estava sobre eles;
b) Faltava apenas a parte final da profecia que dizia respeito a ida deles e do rei para uma terra que eles não conheciam (Abraão conheceu parte daquelas terras, pois veio e andou por lá – crescente fértil).

A instituição da monarquia não resolveu o problema de Israel, tanto que não tiveram como fugir do cativeiro na Babilônia. Zedequias, o último rei, teve os seus olhos arrancados por Nabucodonosor (Jr 52.11), como cumprimento da profecia de Ezequiel (Ez 12.13).

5) A escolha de Josué
Josué foi escolhido como sucessor, pois não havia outro que reunisse tais condições. Aos olhos de todo Israel ele foi nomeado e ali recebeu outra profecia, pois ouviu de Moisés que entraria com aquele povo na terra que o Senhor havia jurado. Ele as faria herdar, que responsabilidade (Dt 31.7).

Ele foi chamado por Moisés e diante de todo Israel foi nomeado como sucessor, recebendo uma grande incubencia, pois eles entrariam na Terra prometida, mas segundo as palavras do então líder, seria pela vida dele. “Tu os farás herdá-la”. Que responsabilidade.

Conclusão:
Josué foi escolhido por Deus para suceder Moisés na árdua batalha para fazer adentrar todo aquele povo na Terra prometida, porém ele pegou a parte mais fácil. O difícil foi suportá-los durante o trajeto, agora seria necessário apenas encorajá-los para as batalhas.

A profecia de Moisés (Dt 28.36) se cumpriu na integra com a implantação da monarquia e posteriormente com a tomada de Jerusalém pelos babilônicos.

Por: Ailton da Silva

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