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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A prosperidade dos bem-aventurados. Plano de aula.

SALVAÇÃO E GALARDÃO
REINO, CONSOLO E HERANÇA
BEM-AVENTURADOS: TODOS? ALGUNS!
BEM-AVENTURADOS? PRIMEIRO A SALVAÇÃO!
FARTURA, MISERICÓRIDA E PRESENÇA DE DEUS
POBRES E CHORÕES – VÓS SOIS BEM-AVENTURADOS!

LIÇÃO 6 – 1º TRIMESTRE 2012

PROPOSTA DA LIÇÃO:
BEM-AVENTURADOS:
• OS POBRES: NÃO OS DE BENS, MAS OS DE ESPÍRITO;
• OS QUE CHORAM: POR QUALQUER MOTIVO? OU PELO REINO?
• OS MANSOS: OS QUE TEM DOMÍNIO PRÓPRIO;
• OS QUE TEM FOME E SEDE: DA IMPLANTAÇÃO DO REINO;
• OS MISERICORDIOSOS: OS QUE SOCORREM OS NECESSITADOS;
• OS LIMPOS DE CORAÇÃO: OS PUROS DE ALMA. DE DENTRO PARA FORA;
• OS PACIFICADORES: OS QUE FAZEM A PAZ;
• OS PERSEGUIDOS: POR QUALQUER MOTIVO? OU POR CAUSA DO REINO?

INTRODUÇÃO
A expressão bem-aventurado, ditoso, feliz, felicidade perfeita, são recompensas precedidas e fundamentadas na obediência que associadas a fé geram uma ação de Deus em nossas vidas, nos ajudando nos momentos mais difíceis da caminhada. Este estado de felicidade não é produto dos bens que possuímos, mas sim da certeza dos pecados que foram perdoados por Jesus.

Cada bem-aventurança enfatiza e valoriza as riquezas espirituais em detrimento as materiais, o que se tornou em um grande escândalo para os escribas e fariseus, pois eles se preocupavam mais com a letra e exterior do que propriamente com o verdadeiro significado dos preceitos contidos na Lei.

Ser bem-aventurado não é a possuir muitos bens materiais, mas ter um correto relacionamento com Deus, viver dependendo do seu favor. Jesus ensinou ao mundo o que é realmente ser um homem próspero. A base deste ensinamento foi o caráter, a conduta e comportamento cristão. A verdadeira prosperidade consiste em ser e não somente no ter:
• Os que são humildes de espírito entrarão no Reino dos céus;
• Os que choram serão consolados
• Os que são mansos herdarão a terra;
• Os que tem fome e sede da justiça serão fartos;
• Os misericordiosos alcançarão misericórdia;
• Os limpos de coração verão a Deus;
• Os pacificadores se tornarão filhos de Deus;
• Os perseguidos receberão galardão.

a) As bem-aventuranças e a teologia da prosperidade:
Estas riquezas são desprezadas pelos mestres da teologia da prosperidade, pois mesmo apresentando momentos de alegrias, vitórias, condições de vida dignas dos ditos filhos de Deus, elas não deixam de apresentar uma condição anterior necessária para o recebimento destas bênçãos, as quais levam o homem a analisar a sua condição limitada, humana e pecadora.

Feliz foi o escritor que associou cada uma das bem-aventuranças ao som produzido pelos sinos, como se estivessem vindo diretamente do céu para chamarem os pecadores para o reino de Deus. A teologia da prosperidade poderia fazer uso das bem-aventuranças, as transformando em mantras para iludirem ainda um maior número de pessoas, mas não fazem justamente porque cada uma das recompensas são antecedidas de uma condição que nos remete a um caráter sadio, santidade, forma de vida diferente, resignação, perdas entre outras.

I. O FUNDAMENTO DAS BEM-AVENTURANÇAS
1. O SIGNIFICADO DAS BEM-AVENTURANÇAS.
A expressão bem-aventurado do grego “makarios”, cujo significado nos remete a felicidade, alegria divina e perfeita. Este era o anseio dos gregos, que acreditavam que somente os deuses poderiam ser bem aventurados. Eles associavam esta palavra ao relativo estado de bem estar físico e material. Já no hebraico a palavra “esher” (Sl 1) dá nos a idéia de quão felizes são, no caso os homens que amam intensamente ao Senhor, representando uma condição de bem estar espiritual com Deus (Sl 1.1; 32.1; 112.1)..

As bem-aventuranças desafiam os homens a mudarem suas condutas e exercitarem a fé, haja vista, as recompensas prometidas aos tais que assim praticam e esperam o cumprimento. Nelas estão contidas os fundamentos de uma vida feliz com Deus, mas esta felicidade deve ser vista como a satisfação por ter agido de forma correta, pela fidelidade a Deus e pelo exercício da fé e não somente como um mero sentimento de alegria proporcionado pela existência ou alcance de algum objetivo.

A primeira condição para atingir este estado é a salvação em Jesus Cristo, sem a qual o homem jamais alcançara este estagio de felicidade (Dt 33.29). Nenhuma das recompensas, precedidas pelas bem-aventuranças, tem caráter material, ou fazem alusão a riquezas terrenas, talvez por isto são ignoradas pelo teólogos da prosperidade, por isto que a verdadeira felicidade é fruto da obra de Jesus e não da nossa (Rm 4.6-9).

O verdadeiro significado de bem-aventurado consiste no grande galardão reservado nos céus, que deve servir, para a igreja, como um norte, alegria e exultação (Mt 5.11).

2. BEM-AVENTURADOS OS POBRES (MT 5.3).
Pobreza de espírito faz alusão as necessidades da alma e não propriamente a escassez de bens materiais, pois se assim fosse teríamos um número muito maior de pessoas que estariam inseridas neste grupo.

Incluímos nesta relação os que reconhecem a sua incapacidade espiritual para gerirem suas próprias vidas, por isso as entregam nas mãos de Deus, ficando a sua total dependência a fim de encontrarem o mantimento e suprimento espiritual. Neste momento entram em cena os verdadeiros adoradores, que adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23), os que se estreitam em seus relacionamentos com Deus (Sl 42.1-5). Estes tais prosperarão.

a) Bem aventurados vós, os pobres (Lc 6.20):
Após o cativeiro babilônico, os judeus usavam esta expressão para se referirem aos piedosos, aos que colocam os interesses de Deus acima dos seus (Mt 27.57-59).

3. BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM (MT 5.4).
Por que choramos? Por qualquer motivo? Ou pelo reino de Deus, pelas almas que perecem no mundo? Ou choramos somente pela nossa situação degradante, pelos fracassos da humanidade? Ou pelo pecado, imoralidade e crueldade que imperam neste mundo (Is 6.5). As lágrimas reproduzem fielmente aquilo que a alma é incapaz de comunicar ao mundo, ou pelo menos as verdadeiras assim o fazem

Jesus chorou quando se aproximava de Jerusalém (Lc 19.41), chorou também pela miséria dos homens (Jo 11.35; Hb. 5.7). Foram prantos, soluços, clamores pelas almas que pereciam naquela cidade que não se redimiam do erro e tampouco abriam os corações para o reino que já estava entre eles (Lc 17.21).

O crente deve chorar ao perceber a falência espiritual de sua vida, pois este choro o levará ao arrependimento e à conversão. É uma promessa de consolo (Is 57.18).

II. A BEM-AVENTURANÇA DA MANSIDÃO E DA MISERICÓRDIA
1. BEM AVENTURADOS OS MANSOS (MT 5.5).
Mansidão é a atitude amável e justa para com qualquer pessoa. É fruto do espírito fruto do Espírito (Gl 5.22). esta característica faz parte do temperamento daqueles que um dia herdarão a terra (Sl 37.11). Prova disto foi a chegada de Israel a Canaã, depois de uma longa caminhada, guiado por um líder manso.

Muitos entendem ou confundem o significado de mansidão e a tomam como sinônimo de falsa humildade ou até mesmo frouxidão, na verdade, seu significado é bem mais profundo, nos remete a confiança humilde em vez da arrogância independente.

Não são fracos ou covardes, mas são os que resistem as pressões da vida, que aprendem a se curvar ante a situações que não vão de encontro aos seus objetivos, aceitando-as. Estas são características do correto relacionamento com Deus (Rm 12.3).

Os mansos se submetem, consicentemente, a vontade de Deus, mesmo que contrariem seus interesses pessoais. São também aqueles que apesar de injustiçados, não procuram a própria vingança, mas confiam em Deus como seu legítimo defensor (Is 41.17; Lc 18.1-8). Muitos desejam, mas não possuem o domínio próprio e a conformação absoluta à vontade de Deus.

2. BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA (MT 5.6).
Verdadeiramente prósperos são aqueles que demonstram um forte desejo pela justiça divina e a buscam ansiosamente. Para estes a implantação do reino de Deus saciará a fome e sede de justiça de todos.

Para os que demonstram fome e sede de justiça existem uma promessa de satisfação tal como aconteceu com Paulo (Fp 3.8-10) e com Moisés (Ex 33.13-18), pois foram fartos, mesmo que Moisés não tenha entrado na Terra prometida, mas ele a viu e esta visão foi o suficiente para que ele se regojizasse (Dt 34.1-5). Mas este estado espiritual pode ser afetado pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (Mt 13.22), pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e pelo afastamento da presença de Cristo (Jo 15.4). Estas são características da morte espiritual (Rm 5.21). Jesus ensinou sobre a necessidade de buscarmos e colocarmos o reino de Deus como centro de nossos objetivos.

3. BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS (MT 5.7).
Os misericordiosos, segundo ocorrências no Novo Testamento, são aqueles que de boa vontade e com o coração perdoador, socorrem os que estão sofrendo, quer seja pelos pecados, quer seja pelas aflições da vida, já que estes não podem se auto-ajudarem, assim como ocorreu nas parábolas do credor incompassivo (18.23-35) e do bom samaritano (Lc 10.30-37). Foi justamente isto que Deus fez ao enviar ao mundo o seu Filho para que morresse pelo homem (Jo 3.16), retendo desta forma o julgamento pelos nossos pecados.

Um exemplo real de homem misericordioso foi José (Gn 45.5-9), pois esta ocasião se constituia em uma oportunidade única para que ele relembrasse a seus irmãos e os fizessem lembrar das provocações e zombarias. Estavam diante da concretização de seus sonhos. Eles já sofriam pela situação, não havia motivos para depreciá-los ainda mais, era hora de socorrê-los.

Os misericordiosos alcançarão misericórdia, mas qual? A salvação ou a demonstração do amor Divino em nossa vida cristã diária?

III. A BEM-AVENTURANÇA DA PUREZA E DA AFLIÇÃO
1. BEM-AVENTURADOS OS LIMPOS DE CORAÇÃO (MT 5.8).
Ao se referir aos limpos de coração, Jesus fez menção da pureza que vinha de dentro, do fundo da alma, os sem mancha, imaculados, puros (Mt 27.59; Rm 14.20; Jo 13.10; At 18.6). Os limpos de coração são aqueles que tiveram seus corações purificados do seu orgulho (Pv 16.5) tem pensamentos santos e consciências limpas. Estes verão a Deus, pelos olhos da fé, tanto por meio da comunhão atual como no momento em que Jesus se apresentar novamente para buscar a sua igreja.

A pureza que agrada a Deus se origina no interior do homem e não do exterior como pensavam ou defendiam os fariseus (Lc 11.37-54; Mt. 23.25-28). São incluídos neste grupo aqueles que são sinceros e os que não entregam suas almas à falsidade (Sl. 24.4) ou a tudo que seja contrário a vontade de Deus.

2. BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES (MT 5.9).
Os pacificadores são aqueles que amam, fazem a paz (segundo a Peshita, tradução aramaica de Mateus feita em 150 d.C), e os que se encontram comprometidos e participando ativamente do processo pelo qual serão conduzidos ao mesmo estado de paz.

Os pacificadores são aqueles, convencidos, de terem recebidos a paz de Deus por intermédio do ministério da reconciliação (II Co 5.18). Serão chamados filhos de Deus, pois estão testificando a origem desta natureza pacificadora, Deus.

3. BEM-AVENTURADOS OS PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA (MT 5.10,11).
Durante o seu ministério, Jesus apresentou ensinos que eram contrários as filosofias materialistas, principalmente as sustentadas pela teologia da prosperidade da época. Como em sã consciência alguém pode sofrer injustiça, ser perseguido e até martirizado devido ao reino de Deus e ainda exultar de alegria? Mas porque Jesus ensinou desta forma? Para que tivéssemos paz Nele (Jo 16.33).

Neste grupo incluímos os que vivem de maneira justa, integra, honesta e os que são perseguidos justamente devido a estas condutas, mas que exultam de alegria por tudo isto, assim como foram os profetas anteriores.

CONCLUSÃO – OBJETIVOS DA LIÇÃO
As bem-aventuranças contrariam os conceitos da Teologia da Prosperidade. Segundo os ensinamentos de Jesus o homem não pode ser avaliado de forma superficial e materialista (Rm 5.1).

1) Saber: Quais são os fundamentos das bem-aventuranças:
• Bem-aventuranças: desafios para o homem. Bem estar espiritual.

2) Explicar: As bem-aventuranças da mansidão e da misericórdia:
• Mansidão: atitude amável e justa dos que resistem as pressões;
• Fome e sede de justiça: os que desejam a implantação do reino;
• Misericordiosos: socorrem os que sofrem pelos pecados ou aflições.

3) Conscientizar-se: A prosperidade firma-se nas coisas espirituais:
• Herança na terra e no céu, consolo, fartura, galardões;
• Os tais alcançarão misericórdia, verão e se tornarão filhos de Deus.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, Francisco de Assis. A. A prosperidade dos bem-aventurados. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com/2012/01/licao-6-prosperidade-dos-bem.html. Acesso em 01 de fev. 2012.

BARBOSA, José Roberto A. A prosperidade dos bem-aventurados. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com/2012/01/licao-06.html. Acesso em 30 de jan. 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A prosperidade dos bem-aventurados. Disponível em: em:http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com/2012/01/1-trimestre-de-2012-licao-n-06-05022012.html. Acesso em 31 de jan. 2012.

JESUS, Isaías Silva. A prosperidade dos bem-aventurados. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com/2012_01_01_archive.html#4910380633804697514. Acesso em 30 de jan. 2012.

LOURENÇO. Luciano de Paula. A prosperidade dos bem-aventurados. Disponível em: http://luloure.blogspot.com/2012/01/aula-06-prosperidade-dos-bem.html. Acesso em 30 de jan. 2012.

Por: Ailton da Silva

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