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sábado, 23 de junho de 2012

1º Texto: Disco voador para uns. Nova Jerusalém para os crentes


Há algum tempo atrás, criança, assisti um filme, que de tão fascinante, gravei algumas cenas em minha mente e nunca mais as esqueci. Na época não compreendi, não entendi a relação de uma coisa com a outra, mesmo porque era completamente alheio às coisas celestiais, ainda estava sendo instruído aos pés de Gamaliel (At 22.3), vivendo conforme a lei de meus pais, zeloso ao extremo pela religião.

Não me lembro o nome do filme, mas as cenas são as seguintes:
a) As pessoas seguiam um toque, um comando, ficavam em intermináveis filas para receberem um sinal (cfe Ap 13.16). Tão logo eram assinaladas começavam a se portar como zumbis;

b) Havia entre eles alguns, sem o sinal, que se infiltravam para tirá-las da fila antes de receberem o sinal (cfe Ap 6.9; 7.14), mas eles teimavam em prosseguir;

c) Estes valentes corriam a cidade e procuravam alertar as pessoas para que não entrassem nas filas, em alguns casos já era tarde, pois quando tocavam nestas pessoas já percebiam o sinal nelas;

d) Acontecia toda sorte de prodígios (Ap 16.14), um que intrigou foi a presença de um animal na fila, corpo de cachorro e face de homem;

e) O fascinante vem agora: Em determinado momento do filme apareceu sobre os céus uma gigantesca espaçonave (cfe Ap 21.10) e todos olhavam para ela, encantados por tal visão;

f) Até que, da espaçonave, fosse emitido uma espécie de raio em direção aos túmulos nos cemitérios e a partir daí acontece algo que nos diz respeito. Na verdade foi esta cena que, por anos de ignorância (cfe At 3.17), me fascinou. O raio atingiu os sepulcros e as almas começaram a subir em direção a espaçonave. De longe se viam os pontos brancos, alvos como a neve, subindo em direção ao “chamado” e nunca mais foram vistos pelos terráqueos atônitos e fascinados;

g) Enquanto isto os trabalhadores do Evangelho do Reino (Mt 24.14) corriam de um lado ao outro para salvar a própria vida, escapando do sinal e para avisarem aos outros do perigo que corriam.

Que filme interessantíssimo e fascinante para os meus áureos tempos de jovem desconhecedor do plano Divino de restauração da comunhão perfeita perdida no Éden (Gn 3.8, 15), tampouco conhecia os planos do maligno em tentar copiar, imitar e se opor as coisas de Deus (Jo 5.43; Ap 16.13; I Jo 2.18, 22; 4.3).

Não é desconhecido da igreja, que o inimigo de nossas almas, vem preparando a humanidade para que ela mesma possa explicar fatos nunca visto antes (I Ts 4.13-18) a fim de que seja diminuído o tumúltuo e para que também o seu controle possa ser exercido com “tranqüilidade”. Além é claro, que todo este seu trabalho preliminar objetiva o impedimento da crença na Palavra que continuará a ser pregada durante seu governo maligno.

A humanidade em fila para receber o sinal, outros correndo pelos quatro cantos da terra, tentando salvar a própria vida e ao mesmo tempo apresentando o Evangelho do Reino. Uma espaçonave acima da cidade terrestre sugando as almas do que já morreram e inúmeros prodígios na terra. Que fascínio, que criatividade ou que conhecimento da sequência do plano escatológico.

Caso tenho havido um estudo profundo das Escrituras, creio que deve ter sido um trabalho longo e cansativo para:
a) desenvolverem o enredo;
b) imaginarem os diálogos;
c) darem vida a uma trama central;
d) montarem a cidade cenográfica;
e) escolherem a dedo os atores/atrizes para comporem o elenco;
f) e como foi difícil a interpretação do oculto para que fossem produzidos os efeitos especiais.

Em relação ao elenco, tenho algumas dúvidas. Certamente entre eles houve muitos que não encontraram dificuldades para as interpretações, já que aquele “lixo” (entendam lixo como algo que não se aproveita) poderia ser o ideal de vida deles, assim como fizeram Tom Cruise e outros tantos, que aproveitaram seus filmes para apresentarem suas “ciências/religiões”, mas será que não houve, durante a seleção, alguns que recusaram os papéis diante da maldade do enredo? Alguns cristãos? Assim como muitos já recusaram a participação em filmes ditos evangélicos ou bíblicos por não acreditarem na história ou no objetivo final.

Tenho por opinião que o choro, emoção ou alegria superficial e momentânea não se caracterizam como edificação. Muitos dos filmes ditos “evangélicos” apenas promovem sonhos, esperanças no concreto, viradas e resgates materiais, preocupação na luta e vitória sobre inimigos humanos em detrimento ao espiritual. Já os filmes bíblicos, os que contém enredos sérios e autenticidade, são “n” vezes mais edificantes, esclarecedores, pois são frutos de pesquisas históricas e geográficas ou de outras disciplinas teológicas, às vezes.

O verdadeiro “desafio à gigantes” acontecerá durante a grande tribulação, quando os pregadores do Evangelho do Reino estarão pregando e enfrentando o próprio Maligno na pessoa do Anticristo e do Falso profeta.

A grande “virada” acontecerá no momento em que as “as bestas” se apresentarem imaginando que poderão guerrear contra o Rei dos reis, mal sabem que serão convocadas para a guerra e não irão por contra própria (cfe nota de rodapé da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, página 1829, ref. Ap 19.19-21).

Voltando ao filme original, que me aguçou a curiosidade durante muito tempo, creio que NÃO serviu de norte para muitos, inclusive eu, que não entendia nada, pois continuei da mesma forma, ignorante e curioso.

O tempo passou e quando comecei a ouvir as primeiras pregações, ensinos e a freqüentar as aulas de Escola Bíblica Dominical, ou bem antes, quando ainda estava sendo evangelizado, no meio da rua mesmo, pois alguns jovens me perguntaram se poderiam falar de Jesus. Eu respondi que sim e falaram, falaram tanto que o fascínio pelo assunto voltou. Lembrei do filme e de algumas cenas. Eu disse a eles: “Falem mais”. Fiquei fascinado.

Agora posso dizer que o conhecimento da Palavra me tirou a ignorância, mas não tirou ainda a curiosidade sobre os mistérios que um dia serão revelados.

Por: Ailton da Silva

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