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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A divisão espiritual no lar. Plano de aula

TEXTO ÁUREO

Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra (I Pe 3.1).

VERDADE PRÁTICA
Ganhe o seu cônjuge para Cristo, através do seu bom testemunho.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

I Coríntios 7.12-16 
12 – Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.
13 – E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.
14 – Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.
15 – Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não esta sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.
16 – Porque, de onde sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, de onde sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?

 

PROPOSTA DA LIÇÃO

  • Deus instituiu a primeira família, pois o homem estava só;
  • Objetivo: convivência pacífica, evitando conflitos;
  • Como criar os filhos longe dos “limites do templo”?
  • “Saber administrar o tempo é um fator que evita conflitos”;
  • Como servir a Deus com impedimentos?
  • O cônjuge convertido deve demonstrar a mudança;
  • O bom testemunho pode ganhar o cônjuge?
  • É uma forma clara e prática de evangelismo no lar;
  • Mas ninguém é salvo pela experiência salvadora do outro.

INTRODUÇÃO

E viu Deus que não era bom que o estivesse só, por isto lhe concedeu uma companheira (Gn 2.18). Este projeto perfeito, família, se tornou o primeiro grupo social ao qual o ser humano foi e é inserido. Neste meio todas as suas “necessidades sentimentais, afetivas e emocionais básicas” são supridas. Portanto não existe uma outra instituição que seja capaz de substituir a família, no tocante à sua atuação durante o processo de formação, desenvolvimento do caráter humano e “socialização do indivíduo”, mas a corrupção do gênero humano atingiu esta instituição e devido a estes ataques ela vem se deteriorando ao longo da história do homem. 

É comum esperarmos ou imaginarmos lares perfeitos, todos servindo ao Senhor, mas por vezes nos deparamos com uma realidade bem diferente. Divisões, contendas, principalmente quando um dos cônjuges expressa a sua fé em Jesus e o outro não, se constituindo isto em um grande drama familiar, fomentado pela divisão espiritual nos lares.

Mas quando a conversão se dá após o casamento, como fica a situação dos cônjuges, caso um dos lados não aceite a nova forma de vida do outro? Os ensinamentos bíblicos nos mostram que tais uniões devem ser mantidas, a qualquer custo e qualquer tentativa ou iniciativa de dissolução deve partir da parte que não professa a fé em Jesus. Mesmo diante dos conflitos que surgem, nestes casos, o cônjuge convertido se torna o principal responsável pela evangelização dos membros de sua família.

Entretanto, na prática, o que ocorre é justamente o contrário, pois geralmente são vistas infindáveis discussões, conflitos de idéias e ideais. Neste caso a melhor atitude evangelística é manter um bom testemunho de vida através da mudança de hábitos. O lado que serve ao Senhor deve ser sábio no falar, no agir para evitar os conflitos e esta boa influência beneficiará os filhos.

I. CONVIVENDO COM O CÔNJUGE NÃO CRENTE
1. A CONVIVÊNCIA COM O CÔNJUGE DESCRENTE. 
Viu Deus que tudo o que havia criado era bom (Gn 1.31), mas a solidão do homem (Gn 2.18) chamou a atenção do Criador, que imediatamente lhe concedeu uma adjutora, Eva, formalizando assim o primeiro casamento e a instituição da primeira família (Gn 2.22), que ao longo dos anos veio sofrendo com a propagação do pecado e degradação da humanidade.

O apóstolo Paulo apresentou algumas instruções acerca do casamento, principalmente quando um dos cônjuges é descrente. Nestes casos o conselho era para que continuassem unidos e não se apartassem (I Co 7.12-16), pois não faz parte do plano divino que o casal se divorcie, mesmo nestas condições (Mt 5.31,32; 19.3-9; Mc 10.2-12), mas se um dia acontecer tal separação, que parta do cônjuge descrente (I Co 7.15).

Nos casos em que houver possibilidade de manutenção da união é necessário que o cônjuge que serve a Deus mantenha a sua integridade, evitando comentários ou discussões a respeito de religião ou igrejas. Outro ponto que deve ser evitado é a exposição de problemas internos da igreja, pois poderá o cônjuge descrente criar uma aversão as coisas de Deus. Para tanto é necessário que as mulheres sejam sujeitas ao vosso próprio marido, para que possa ser ganho sem palavras (I Pe 3.1-2). Isto também se aplica aos homens.

“A convivência com o cônjuge descrente é um desafio à fé”, um verdadeiro campo de batalha e conciliação, onde estarão os dois personagens principais, homem e mulher, ora se degladiando, ora em conformidade. São três os cenários que se apresentam diante de nossa vida, nos quais devemos agir com sabedoria para ganharmos o cônjuge descrente. Sobre isto o professor sobre isto Luciano de Paula Lourenço, escreveu:

Existem três situações, consideradas mistas, que podem ocorrer numa convivência entre cônjuges: (a) Existe o caso em que um homem e uma mulher se casam não sendo crentes, e um deles depois se converte ao evangelho, e o outro não; (b) Existe o caso de uma pessoa crente que se casa com uma não crente. Isso ocorre com certa frequência, quando um cristão decide desobedecer a Deus quanto à escolha de um cônjuge; (c) Existe o caso de duas pessoas se casarem na igreja, e um dos cônjuges professar ser cristão, mas não mostrar de forma evidente o fruto do espírito e a salvação depois do casamento.

2. SANTIFICANDO O CÔNJUGE. 
A Bíblia afirma que o cônjuge que serve ao Senhor santifica o não crente (I Co 7.14), ou seja, “o marido incrédulo é santificado no convívio com a esposa” e vice versa (I Co 7.14), mas isto não garante a salvação automática para um dos cônjuges, pois um incrédulo não pode ser salvo pela experiência salvadora do outro.

Esta santificação, sugerida pelo apóstolo, diz respeito às condições, que se tornam favoráveis, para que o homem descrente possa manter sua família, por isto que as mulheres cristãs não podem abandonar seus maridos e vice-versa. Um será ganho pelo outro através do exemplo (I Pe 3.1-2; I Co 7.16), pois um dos lados terá a chance para conhecer o evangelho e logicamente será abençoado.


II. AGINDO COM SABEDORIA
1. NA CRIAÇÃO DOS FILHOS. 
O desejo do cônjuge cristão é que toda a sua família sirva ao Senhor Jesus, em se tratando de filhos o desejo é ainda maior, mas nem sempre é possível criar os filhos dentro dos limites do templo, principalmente se um dos responsáveis não serve ao Senhor.

O que fazer diante desta situação? O conflito com o cônjuge descrente não resolverá, somente trará luz à discórdia. O único caminho é o ensino pela Palavra de Deus, através do estimulo à leitura das Sagradas Escrituras e de literatura cristã adequada para a faixa etária dos filhos e não se esquecendo da oração.

Durante a formação do caráter dos filhos é importante que os pais invistam graciosamente na criança, com sabedoria, amor, educação e disciplina (cfe Pv 22.6), desta forma haverá um comprometimento com Deus, mas para isto pressupomos haver a existência da maturidade emocional e espiritual na vida dos pais.

Um bom exemplo de criação de filhos, por parte de um dos cônjuges crentes, foi o caso de Timóteo, filho de Eunice, judia casada com um grego que não temia o Deus de Israel (At 16.1), mas isto não foi obstáculo para que não instruísse seu filho no caminho do Senhor (Pv 22.6), livrando-o do paganismo, com a ajuda de sua mãe Lóide (II Tm 1.5). “Timóteo tornou-se um zeloso ministro de Deus (I Ts 3.2), fiel no Senhor (I Co 4.17), e um grande cooperador no ministério do apóstolo Paulo (Rm 16.21; I Ts 3.2)”.

2. NOS AFAZERES DOMÉSTICOS. 
Tanto os homens quanto as mulheres que servem a Deus devem agir com sabedoria em relação às atividades domésticas, pois o cônjuge crente não pode se descuidar de sua vida espiritual, do lar e dos filhos, portanto a receita para evitar os conflitos é uma boa administração do tempo.

A mulher não pode, sob pretexto, do término tardio do culto, permitir o acúmulo dos afazeres domésticos e tampouco o homem não pode se descuidar de suas obrigações, quanto ao zelo, organização e administração do lar, pois certamente tanto um quanto outro, na condição de incrédulo, não entenderão e acabarão por se afastar um do outro, aumentando ainda mais a resistência ao Evangelho.

Os cônjuges devem compatibilizar o tempo necessário para os afazeres domésticos de forma que um não atrapalhe ou que seja um priorizado em detrimento ao outro. A ordem a ser seguida para evitarmos os conflitos é: Deus, a família e a igreja.

3. NA VIDA ESPIRITUAL. 
Muitos são os casos de impedimentos entre os cônjuges no que diz respeito a participação nos trabalhos da igreja e em relação à vida espiritual, mesmo diante de tantas dificuldades devemos reservar alguns momentos preciosos para oração, adoração e meditação da Palavra de Deus.

Mas o que fazer diante de tanto impedimento? Evitar o conflito com sabedoria, para que a unidade da família não seja atingida, que certamente afetará o bem estar dos filhos.

III. EVANGELIZANDO O CÔNJUGE
1. COM NOVA POSTURA. 
Todos os que reconhecem Jesus como Salvador são transformados em novas criaturas (At 9.1-15; II Co 5.17), desaparecendo a natureza pecaminosa para serem controlados pelo Santo Espírito. Esta mudança deve ser notória na vida do cônjuge convertido, pois agindo desta maneira o outro perceberá e poderá também sentir a alegria da salvação através do bom exemplo visto (I Pe 3.1).

Os novos frutos e as ações, por parte do cônjuge convertido, darão vida ao caráter cristão, pois é inadimissível que tal se porte como antes. “A nossa vida, com os nossos atos são mais penetrantes do que as palavras”, por isto é necessário que entendamos que estamos sob constante vigilância do mundo, que espera somente o momento certo para nos rotular. Partindo deste principio, o cônjuge não crente certamente virá a conhecer a salvação.

2. COM BOM TESTEMUNHO. 
O cônjuge convertido não pode viver da mesma maneira como vivia antes de conhecer Jesus, pois foi lavado, lapidado e transformado pelo poder do Espírito Santo de Deus, por isto deverá se apartar de toda aparência do mal (I Ts 5.22), já que a salvação do outro dependerá do seu bom testemunho, motivado pela transformação de sua vida (I Pe 3.1).

“As palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”, esta é a grande verdade que possibilita a abertura das portas para a salvação de um dos cônjuges, pois certamente um não terá como ignorar a transformação ocorrida na vida do outro.

CONCLUSÃO
O desejo de Deus é que os cônjuges vençam as dificuldades e permaneçam unidos assim como Ele os criou. O bom testemunho daquele que serve ao Senhor é uma forma clara e prática de evangelismo no lar. Tal comportamento demonstra, em ações e palavras, que Cristo o modificou e o tornou um ser humano melhor, levando o cônjuge à conversão.

1) Explicar: O procedimento do crente diante do descrente.
  • O descrente será ganho pelo bom testemunho do crente.

 2) Conscientizar-se: Sabedoria diante do cônjuge descrente.
  • Os cônjuges devem compatibilizar e administrar o tempo.
  • Devemos evitar os conflitos, com sabedoria.

 3) Compreender: O valor da evangelização no lar.
  • A mudança deve ser notória no cônjuge convertido;
  • “As palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”.

REFERÊNCIAS:
BARBOSA, José Roberto A. A divisão espiritual no lar. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2012/08/licao-07.html. Acesso em 05 de agosto de 2012.

BARBOSA, Francisco de Assis. A divisão espiritual no lar. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/08/licao-7-divisao-espiritual-no-lar.html. Acesso em 08 de agosto de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A divisão espiritual no lar. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/08/3-trimestre-de-2012-licao-n-07-12082012.html. Acesso em 9 de agosto de 2012.


JESUS, Isaías Silva de. A despensa vazia. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html#359040910640592366. Acesso em 02 de agosto de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A divisão espiritual no lar. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/08/aula-07-divisao-espiritual-no-lar.html. Acesso em 07 de agosto de 2012.

Rede Brasil de Comunicação. A divisão espiritual no lar. Disponível em: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/. Acesso em 08 de agosto de 2012.
 Por: Ailton da Silva (18) 8132-1510

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