Páginas

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A atualidade dos profetas menores. Plano de aula


TEXTO ÁUREO
Mas que se manifestou agora e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações para obediência da fé(Rm 16.26).

VERDADE PRÁTICA
Por ser revelação de Deus, a mensagem dos profetas é perfeitamente válida para os nossos dias.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Pedro 1.16-21.
16 - Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,
17 - porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido.
18 - E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo.
19 - E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração,
20 - sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;
21 - porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

PROPOSTA DA LIÇÃO
  • Profetas menores; antigos, mas tratam de assuntos atuais;
  • Seus escritos em nada diferem dos profetas maiores;
  • A expressão surgiu em virtude do volume dos textos;
  • Atuaram durante os impérios assírio, babilônico e persa;
  • Características: Orientações para Israel, nações e igrejas;
  • Anunciaram a vinda do Messias;
  • As mensagens não são imaginações humanas ou artificiais;
  • Palavra dos profetas: ensino, repreensão, instrução, etc;
  • Devemos dar atenção e a mesma credibilidade a eles.

INTRODUÇÃO
Os Profetas Menores, apesar de antiguíssimos tratam de questões relevantes para os nossos dias e servem de edificação espiritual a todo o povo de Deus, entre os quais destacamos a família, sociedade, política e espiritualidade.

Na atual conjuntura, os profetas são um verdadeiro esteio da sabedoria divina para a Igreja de Cristo, pois encorajam-nos a militarmos pela causa de Cristo, o mesmo podemos dizer do período profético, já que estes homens estavam muito acima dos da sua época, tais como os sacerdotes, juízes, reis e conselheiros, por isto tiveram um papel destacado na história de Israel.

O ministério profético, em Israel e Judá se iniciou no período monárquico, “com a finalidade de restaurar o monoteísmo hebreu, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, proclamar o Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica”.

Este foi um privilegio que Deus concedeu ao seu povo, uma particularidade, algo que não foi visto nas outras nações. Estes homens serviram como porta-vozes de Deus na terra, pois denunciaram os problemas e apresentaram as soluções aos dois reinos, de uma forma bem suscinta e direta.

Suas mensagens são contundentes, oportunas, urgentes, atemporais e necessárias para as igrejas, nações e famílias, por isto que os escritos destes arautos não podem ser desprezados, pois tinham por objetivo tornar clara a vontade de Deus para o povo, fosse por intermédio de instrução, correção, advertência ou outro artifício. Fidelidade, derramamento do Espírito Santo, justiça social, soberania divina, juízo vindouro entre outros, foram os temas centrais das mensagens dos profetas, mas na atual conjuntura, tais mensagens são negligenciadas, quando não, desconhecidas em sua totalidade por muitos de nós.

I. SOBRE OS PROFETAS MENORES
1. Autoridade.
A coleção dos Profetas Menores compõe-se dos seguintes livros: Oseias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Essa estrutura vem da Bíblia Hebraica e, posteriormente, da Vulgata Latina. A Septuaginta (antiga versão grega do Antigo Testamento) apresenta nos seis primeiros livros uma disposição diferente da Hebraica, dispondo os livros assim: Oseias, Amos, Miqueias, Joel, Obadias e Jonas.

É importante ressaltar que o valor e a autoridade dos escritos dos Profetas Menores em nada diferem dos Profetas Maiores. Tal classificação é puramente pedagógica, visando tão somente facilitar a compreensão da presença de uma estrutura literária nos livros proféticos do Antigo Testamento. Não obstante, ambas as coleções são uma só Escritura e têm a mesma autoridade (Jr 26.18 cf. Mq 3.12; Rm 9.25-27 cf. Os 1.10; 2.23; Is 10.22,23). Sobre eles o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“O valor e a autoridade dos escritos dos Profetas Menores em nada diferem dos Profetas Maiores. Esses homens de Deus eram, sobretudo, pregadores morais e éticos, vigias, sentinelas levantados por Deus para despertar e exortar suas respectivas gerações. Eles não falaram sobre Deus em termos abstratos de filosofia ou teologia. Falaram dEle como alguém ativamente envolvido no mundo que Ele criou e intimamente interessado no povo do concerto. Durante as dominações assíria, babilônica e persa, Deus levantou esses homens para conclamar o povo de Israel ao arrependimento e reanimá-los. Em suas exortações proféticas, eles denunciaram e combateram contundentemente a corrupção, o abuso de autoridade, a injustiça social, a idolatria e o arrefecimento espiritual e a frouxidão moral do povo, o que atesta a atualidade premente dessas exortações para os nossos dias, ou melhor, para todas as épocas”.

2. Origem do termo.
A expressão “Profetas Menores” advém da Igreja Latina, segundo a visão de Agostinho de Hipon em sua obra A cidade de Deus (345-430 d.C.), por causa do volume do texto ser menor em comparação aos de Isaías, Jeremias e Ezequiel.

O termo é de origem cristã, pois, na literatura judaica, essa coleção é classificada como Os Doze ou Os Doze Profetas. Essa informação é confirmada desde o ano 132 a.C, quando da produção do livro apócrifo de Eclesiástico (49.10). É também corroborada pelo Talmude (antiga literatura religiosa dos judeus) e ratificada pela obra Contra Apion do historiador judeu Flávio Josefo (37-100 d.C). O termo serve para diferenciá-los em relação a quantidade de escritos e não quanto a importância, espiritualidade ou inspiração Divina.

3. Cânon e cenário dos Doze.
O cânon judaico classifica os profetas do Antigo Testamento em anteriores e posteriores, sendo: a) Anteriores: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis; e b) Posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. A classificação e o arranjo do cânon hebraico diferem sistematicamente do nosso. Estes escritos foram citados no Novo Testamento (Mt 1.23; 2.6) e pelos apóstolos, em seus primeiros sermões (At 2.17-34; 3.22-25).

Um dado importante é que todos os profetas, de Isaías a Malaquias, viveram entre os séculos 8 a 5 a.C, tendo alguns deles sido contemporâneos. O período abrangeu o domínio de três potências mundiais: Assíria, Babilônia e Pérsia. Oseias, Isaías, Amos, Jonas e Miqueias, por exemplo, viveram antes do exílio babilônico (Os 1.1; Is 1.1; Am 1.1; 2 Rs 14.23-25 cf. Mq 1.1), e outros, como Ageu e Zacarias, no pós-exílio (Ag 1.1; Zc 1.1).

Após este período de intenso trabalho profético, se deu o silêncio de Deus, que se encerrou com o aparecimento de João Batista, para preparar o caminho para o Messias e apresentá-lo a nação de Israel (Mc 1.2, Lc 16.16; Jo 1.31). Isto encerrou uma era e deu inicio a outra.


II. A MENSAGEM DOS PROFETAS MENORES
1. Procedência (vv.16-18).
O apóstolo Pedro afirma que a revelação ministrada à Igreja era uma mensagem real e abalizada pelo testemunho ocular do colégio apostólico. À semelhança dos apóstolos, os profetas, inspirados pelo Espírito Santo, refletiram fielmente a vontade e a soberania divina acerca da redenção de Israel, em particular, e da humanidade, em geral, pois foram escolhidos e enviados por Deus para cumprirem suas respectivas missões, como verdadeiros porta-vozes. Quando a mensagem dizia respeito ao futuro sempre havia “vinculada uma situação concreta e imediata” que favoreceu a manifestação da profecia (cf., p. ex. Is 7.1-25)”.

A mensagem dos profetas é de procedência divina e tem, como cenário, as ocorrências do dia a dia. O casamento de Oseias (Os 1.2-5; 3.1-5) e a visita de Amós a Samaria (Am 7.10-17) são apenas alguns dos exemplos que deram ocasião aos oráculos divinos. Semelhantemente aconteceu aos apóstolos na transfiguração de Jesus no Monte das Oliveiras (Mt 17.5,6; Mc 9.7; Lc 9.34-36).

2. “A palavra dos profetas” (v.19a).
Convém ressaltar que a expressão “os profetas”, nessa passagem, não se restringe aos literários e nem mesmo aos Doze. Porque Deus levantou profetas desde o princípio do mundo (Lc 1.70; 11.50,51). O ministério e os escritos proféticos eram tão importantes que, algumas vezes, o termo é usado para se referir ao Antigo Testamento (At 26.27). Entre os seus escritos, encontramos mensagens da vinda do Messias, orientações para a vida humana, para a nação de Israel e até para o mundo. Há também mensagens que se aplicam à Igreja de Cristo (1 Tm 3.16).

Os profetas, homens escolhidos e revestidos por Deus para alertarem o povo e governantes, renunciaram às suas formas de vida para viverem conforme a vontade de Deus, por isto em muitos casos, se tornaram verdadeiros lideres espirituais, tal como os juizes e reis, que exerceram influências militares e políticas, respectivamente.

Por isto que a palavra de um profeta fascinava o povo e consequentemente avivava o temor,  mas nem sempre eram bem recebidos, pois não foram poucas as vezes em que, tanto Israel quanto Judá, fizeram ouvidos moucos, vistas grossas ou tentaram emudecer os profetas.

3. “Como a uma luz que alumia em lugar escuro” (v.19b).
Os profetas pregaram tudo o que diz respeito à vida e à piedade. Os temas eram diversos: Deus, o ser humano e a criação. Israel e Judá estariam perdidos se não fosse a manifestação do profetismo em suas terras, da mesma forma estaria a igreja, pois as palavras dos profetas nos levam à luz de Cristo (Sl 119.105), tal como a Lei e os Profetas que anunciaram a vinda de Jesus de Nazaré (Jo 1.45; Lc 24.27). A mensagem dos profetas foi entregue às gerações futuras, preparando-as para o tempo do Evangelho (1 Pe 1.12), por isso, não devemos abdicar de seus ensinamentos, pois a autoridade desses escritos é perfeitamente válida para hoje.

Os profetas tiveram por alvo principal o resgate mo monoteísmo hebraico, a aliança do Sinai, esquecido por muitos, pois com o passar do tempo se deixaram influenciar pelas nações vizinhas, através da idolatria e superstições, portanto a missão deles seria reconduzir a nação aos caminhos do Senhor.

III. A INSPIRAÇÃO DIVINA DOS PROFETAS
1. A iniciativa divina.
A mensagem dos profetas não se resume a uma retórica baseada em imaginação humana, nem é algo artificialmente construído. Nenhuma parte dessa revelação “é de particular interpretação” (v.20). As experiências dos profetas, como a dos apóstolo no monte da transfiguração, provam a iniciativa divina em comunicar seus oráculos à humanidade.

Os profetas do Antigo Testamento foram homens escolhidos, preparados e inspirados, para falarem em nome do Senhor. Eles fizeram uso de inúmeros métodos para cumprirem suas atribuições (cf Os 12:10; Hb 1:1). “Eram educadores ungidos pelo Senhor para ensinar o povo a viver em santidade, tornando-lhe conhecida sua revelação e desvendando-lhe as coisas futuras (Nm 12:6; 1Rs 19:16; Jr 18:18)”.

Deus usou cada um destes homens para entregarem sua mensagem ao seu povo, mas em momento algum, “destruiu a individualidade ou o estilo dos escritores”. Cada qual escreveu usando suas próprias palavras, mas seguindo um esboço inspirado por Deus, conforme era permitido e revelado (1 Co 12.3; cfe 2 Sm 23.1-2; Nm 33.1-2; Ex 24.1-4).

2. A inspiração dos profetas.
Toda a Escritura é inspirada por Deus (2 Tm 3.16). O termo grego theopneustos para as expressões “inspirada por Deus” e “divinamente inspirada” vem das palavras Theos, “Deus”, e pneo, “respirar, soprar”. Isso significa que os profetas foram “movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21).

O caráter especial e único da “palavra dos profetas” a torna sui generis. Ela pode fazer qualquer pessoa sábia para a salvação em Cristo Jesus e é proveitosa para ensinar, repreender, corrigir, redarguir e instruir em justiça (2 Tm 3.15,16). Nenhuma literatura no mundo tem essa mesma prerrogativa. “Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum”. Deus utilizou as experiências, aptidões e estilo dos profetas para que seus escritos e mensagens fossem registradas e entregues, respectivamente (2 Pe 3.15-16).

3. A autoridade dos Profetas Menores.
A Igreja submete-se inquestionavelmente à autoridade dos apóstolos, e essa é a vontade de Deus. Pois, os Evangelhos de Mateus e Lucas, ou pelo menos um deles, são colocados no mesmo nível do Antigo Testamento (1 Tm 5.18; Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7). O mesmo acontece com as epístolas paulinas (2 Pe 3.15,16). Essa é uma forma de se reconhecer definitivamente o Novo Testamento como Escritura inspirada por Deus. Depreende-se, então, que todos os livros da Bíblia têm o mesmo grau de inspiração e autoridade. Logo, devemos dar a mesma atenção e credibilidade aos escritos dos Profetas Menores (2 Pe 1.19).

A narrativa do Antigo Testamento expõem todo o processo de redenção de Israel e da humanidade, a ação de Deus e o Seu relacionamento com o homem, até o cumprimento final de seu plano.

CONCLUSÃO
Os escritos dos Profetas Menores são parte integrante das Escrituras inspiradas, portanto não devem ficar em segundo plano. A leitura e o estudo são deveres de todo cristão, para que assim consiga entender a vontade e o plano de Deus para Israel, nações, família e igreja, já que toda esta literatura não foi exclusivamente destinada para uma nação.

As mensagens dos profetas menores são diretas, oportunas, urgentes e totalmente aplicável em nossos dias atuais, uma vez que estamos diante da mesma corrupção moral e espiritual, “o abuso de autoridade, o afrouxamento dos padrões de moralidade e a frieza espiritual”.

1) Descrever: o panorama geral dos profetas menores
  • A autoridade dos “menores” não difere dos “maiores”;
  • Tais profetas viveram entre os séculos 8 a 5 a.C.;
  • Enfrentaram Israel e as potências mundiais da época.

2) Analisar: a procedência da mensagem dos “menores”
  • A mensagem dos profetas é de procedência Divina;
  • Mensagens reais e abalizadas pelo colégio apostólico.

3) Compreender: os escritos dos “menores” são inspirados
  • Não foram mensagens artificiais ou humanas;
  • Foram verdadeiros educadores a serviço de Deus

REFERENCIAS
BARBOSA, José Roberto A. A atualidade dos profetas menores. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-01-atualidade-dos-profetas-menores.html. Acesso em 02 de outubro de 2012.

BARBOSA, Francisco de Assis. A atualidade dos profetas menores. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2012/09/licao-14-vida-plena-nas-aflicoes.html. Acesso em 03 de outubro de 2012.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. A atualidade dos profetas menores. Disponível em: http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2012/10/4-trimestre-de-2012-licao-n-01-07102012.html. Acesso em 02 de outubro de 2012.

GERMANO, Altair. A atualidade dos profetas menores. Disponível em: http://www.altairgermano.net/2012/09/a-vida-plena-nas-aflicoes-gangorra-da.html. Acesso em 03 de outubo de 2012.

JESUS, Isaías Silva. Estudo panorâmico dos profetas menores. Disponível em: http://rxisaias.blogspot.com.br/2012_10_01_archive.html#1695843403923544125. Acesso em 03 de outubro de 2012.

LOURENÇO, Luciano de Paula. A atualidade dos profetas menores. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2012/10/aula-01-atualidade-dos-profetas-menores.html. Acesso em 02 de outubro de 2012.

Rede REDE BRASIL DE COMUNICAÇÃO. A atualidade dos profetas menores.  Disponível em: A atualidade dos profetas menores. Disponível em; http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/. Acesso em 03 de outubro de 2012.


Por: Ailton da Silva - (18) 8132-1510 - Ano III

Nenhum comentário:

Postar um comentário