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sábado, 12 de janeiro de 2013

Elias, quem era e quem foi!


“Anéis mágicos entrem em ação. Forma de um ser humano, forma de vestes de pele de couro! Ou poderia ter sido assim: “Pirlimpimpim”, ou quem sabe: “Façamos Elias à nossa imagem e semelhança”. Um terceiro Adão (cf 1 Co 15.45)?

O que aconteceu com Elias foi algo, que muitos de não suportam ou fazem de tudo para não estarem diante dele, o anonimato. Se era para Elias ser conhecido, então que fosse por um grande feito, por um grande ministério e assim  toda a humanidade saberia que existiu um grande profeta em Israel. Não precisava se preocupar com a promoção, ou como se tornaria conhecido, pois os outros fariam isto por ele (cf Mt 8.4). No caso dele, as pessoas que mais fizeram “propaganda de graça” foram os que o consideravam “perturbador da nação” e inimigo, o próprio Acabe e Jezabel.

Elias foi um homem comum, sujeito as mesmas paixões (Tg 5.17), mas que durante sua trajetória de vida e ministério profético apresentou algumas características e acontecimentos que comprovam que Deus chama, levanta e capacita homens, de lugares inexpressivos, sem muitas perspectivas ou ambições na vida, para fazer algo grandioso, extraordinário, para ser lembrado e respeitado, tal como Elias.
  • O aparecido (1 Rs 17.1), que do nada apareceu no cenário bíblico;
  • O corajoso, mas que um dia fugiu temendo as represálias de uma mulher (1 Rs 19.3);
  • O presente que se tornou ausente (1 Rs 17.3, 9; 2 Rs 2.11), de uma hora para outra, inclusive deixando seu discípulo, Eliseu, falando sozinho (2 Rs 2.12);
  • O que protagonizou uma das fugas e esconderijo mais espetaculares da história humana (1 Rs 17.3), pois se escondeu na cidade onde jamais seus inimigos pensariam em procura-lo, em Sarepta de Sidom (1 Rs 17.9), nação da perseguidora;
  • O que saiu do anonimato do dia para a noite (1 Rs 17.1), mas que não fez uso da fama, após o desfecho do conflito do monte Carmelo (1 Rs 18.38-39);
  • O que não tinha onde reclinar a cabeça (cf Mt 8.20). As raposas chamadas Acabe e Jezabel tinham;
  • O que sabia de onde havia saído, Tisbe, mas que não sabia para onde iria (2 Rs 2.11; cf  Jo 14.4; Gn 16.8);
  • O que não descendeu de figuras importantes tal como outros profetas (Sf 1.1; Zc 1.1; Ne 5.1) e não foi tão importante como Isaías, filho de Amós (Is 1.1), que provavelmente era sobrinho do rei Uzias[1]);
  • O que não teve transito livre nos palácios tal como Sofonias, Isaias, Jeremias, aliás ele não poderia sequer passar pela ruas ao entorno, o que dirá marcar uma audiência;
  • O que foi procurado, a mando do rei Acabe, por alguém que também era um dos tais, Obadias, o que havia dado guarida e sustento aos profetas perseguidos por Jezabel (1 Rs 18.1-3; 13);
  • O que surgiu como fogo, com uma palavra que queimava como tocha e que durante seu ministério protagonizou um dos fatos mais impactantes da historia de todo o Israel (considerando as doze tribos unidas), através do fogo (1 Rs 18.39), o mesmo elemento visto na sua partida (2 Rs 2.11);
  • O que procurou e encontrou seu sucessor trabalhando (1 Rs 19.16-19);
  • O que formou com Eliseu, a dupla dinâmica, amigos inseparáveis até ao momento do arrebatamento;
  • O que desapareceu diante dos olhos arregalados de Eliseu (2 Rs 2.11), da mesma forma como apareceu, de súbito;
  • O também transfigurado, que apareceu aos assustados Pedro, Tiago e João, talvez pela penúltima vez (Mc 9.4), pois é um forte candidato a ser uma das testemunhas do Apocalipse (Ap 11.1-6), já que pelas evidências, um destes mártires terá poder para fazer descer fogo do céu para consumir os inimigos (1 Rs 19.38; 2 Rs 1.9-14) e para fechar os céus para que não haja chuva (1 Rs 17.1), tal como fizera Elias (Tg 5.17).
Como Israel não deu crédito as palavras deste profeta? Para combater tamanha apostasia era necessário um homem de pulso forte, uma pessoa audaciosa, um corajoso[2], que não temesse autoridade (1 Rs 18.17), tampouco oitocentos e cinqüenta profetas de Baal e Aserá (1 Rs 18.19), um sem papas nas línguas, que falasse sem temer as conseqüências e que cumprisse o seu ministério, afim de fechá-lo com chave de ouro, ou melhor, com chave de fogo.

Os historiadores afirmam que seus habitantes eram rudes, queimados pelo sol, musculosos e fortes. Não se destacava pela educação, sofisticação e diplomacia, Elias, por assim dizer, era “a cara da sua terra”. De certo modo podemos afirmar que era um homem áspero, sem formação instrucional, a não ser a divina. O estilo de Elias estava atrelado às suas raízes, por isso não “tinha papas na língua”, ou seja, falava a verdade, sem arrodeio. De uma hora para outra ele se apresenta diante do rei Acabe, sem medo ou relutância. Ele vai direto ao assunto, questionando os procedimentos do casal que se opunha ao propósito de Deus. Diante da apostasia, sua mensagem era necessária, seu pronunciamento urgente”.  Disponível em:
http://ailtonsilva2000.blogspot.com.br/2013/01/elias-o-tisbita-plano-de-aula.html#more

[1] Conforme: http://www.cpad.com.br/escoladominical/view-subsidios.php?s=38&i=364
[2] Apesar que ele temeu, por algum tempo, a perversa Jezabel (1 Rs 19.2-3).

Por: Ailton da Silva - Ano III

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