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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

"Resumo" da pré aula - Ev. Dr. Caramuru


"Que Deus continue usando o Prof. Caramuru, neste árduo, solitário e gratificante ministério. Quanto aprendizado, que entendimento e que didática para expressar a Palavra. Aula recomendadíssima. Como é uma fonte inegostável esta Palavra de Deus, quando pensamos que já ouvimos tudo, sempre aparece algo novo, algo que alegra nosso coração e nos encoraja a continuar nesta batalha, mesmo que a igreja despreza e não valorize".

Meu lema na EBD é: Onde estiver um ou mais alunos eu ali estarei", vale a pena.

A restauração do homem não se dá somente por saber que Deus é o Criador e Senhor, conforme significado do nome de Elias (Deus é o Senhor), mas sim pela manifestação de Deus como Salvador, conforme significado do nome de Eliseu (Deus salva).

A não morte de Elias significava que o seu ministério deveria continuar. Elias foi levado vivo para o céu para que Israel entendesse que o trabalho de restauração não havia terminado.

João Batista, és tu Elias? Não! Jesus disse que era! A continuidade do ministério de Elias não precisava de sua pessoa, pois passou por Eliseu e outros profetas e terminou com o último profeta (Lc 16.16), João Batista.

A cadeira de Elias, durante a circuncisão de uma criança é um castigo para ele? Quem mandou dizer que havia somente ele de fiel em Israel? Então teria que assistir os judeuzinhos sendo inseridos.

A taça de vinho durante a comemoração da páscoa, a taça de Elias.

Os judeus estão até hoje esperando Elias, pois ele virá primeiro!

Oração atual dos judeus clamando para que Deus envie Elias.

Deus revelou a Pedro que Jesus é o Cristo, Filho do Deus vivo, então esta foi a “deixa” para que Jesus revelasse aos seus discípulos o mistério da igreja, sua paixão e morte.

A confissão de Cesaréia: Pedro confessou e 6 dias depois ocorreu a transfiguração, para que entendessem que Jesus era o Messias, por isto Elias apareceu no monte diante do Messias.

PEDRO, TIAGO E JOÃO: O PAPEL DELES NA IGREJA PRIMITIVA SERIA IMPORTANTE:
Pedro “abriu as portas” do Evangelho para os judeus (At 2.14) e gentios (At 10), eis o primado de Pedro.

Tiago foi o primeiro apóstolo a ser morto por causa do Evangelho. Estevão era diácono e não apostolo.

João o escolhido para completar a revelação. Foi o último apóstolo a morrer.

Transfiguração não é transformação em outro ser e sim a revelação do que Jesus sempre foi. O verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória.

Os três discípulos estavam dormindo, então era noite, por isto que acordaram diante da visão, a luz resplandeceu.

A glória não veio sobre Jesus, mas sim veio do seu interior. Jesus mostrou quem Ele era.

Como souberam que era Elias e Moisés? O Espírito Santo revelou a eles.

Não existe comunicação entre vivos e mortos. Elias e Moisés estavam na eternidade, um morto e outro arrebatado. Somente vieram falar com Jesus quando a humanidade Dele despareceu. Enquanto Jesus estava na natureza humana aquilo não aconteceu. Somente Jesus (Deus) poderia falar com homens em tais situações.

O que Elias e Moisés falavam com Jesus? Falavam da sua morte, saída, partida, êxodo (morte e ressurreição), conforme versões e traduções. Os discípulos deveriam entender que a obra de Jesus incluía morte e ressurreição, mas eles esperavam um rei que não precisasse passar por tudo isto, um Rei com atributos humanos, um Rei que dissesse: “pare de sofrer”, por isto presenciaram tudo aquilo.

As três cabanas de Pedro, para ele Jesus era mais um e que o seu reinado já havia começado, pois Elias já estava lá, mas ele não sabia o que estava dizendo, pois equiparou Jesus a Moisés e Elias.

Três cabanas, devido a festa dos tabernáculos? No pensamento dele Jesus deveria se submeter a Lei.

Interpretação messiânica dos escribas sobre a festa do tabernáculos, pois se lembravam do sofrimento e aguçavam a esperança messiânica. Então Deus resolveu entrar no assunto para que os discípulos entendessem. Nuvem de glória e a voz para não haver mais confusões: “Este é o meu Filho”.

A nuvem da lei era espessa e o povo ficava longe. No tabernáculo ela ficava sobre o tabernáculo e o povo não tinha acesso, mas no monte da transfiguração ela cobriu Jesus, Moisés, Elias, Pedro, Tiago e João, ou seja, todos e ainda Deus falou, a graça é muito diferente da Lei.

Mas Jesus já havia dito isto, é que os discípulos não entenderam, por isto houve a necessidade da transfiguração.

Jesus deu dois presentes, uma para Moisés e outro para Elias, que tiveram duas frustrações durante o exercício de seus respectivos ministérios.

Moisés não entrou na terra prometida, perdeu este direito (Nm 20.12) então Jesus permitiu que o grande legislador pisasse em Israel, a terra prometida por Deus.

Elias lutou pela restauração de Israel, mas não a viu em sua totalidade, pois quando foi arrebatado ao céu, Jezabel ainda reinava  e o povo ainda continuava adorando a Baal, mas no monte da transfiguração ele contemplou a RESTAURAÇÃO DO HOMEM, JESUS

Por: Ailton da Silva - Ano IV

Mensagem72 - Enganados pelos olhos, coração e poder

INTRODUÇÃO
Quantos homens de Deus foram enganados pelos olhos, coração e poder durante suas trajetórias? Batalhas foram perdidas, sofrimento em toda a nação, uniões e casamentos mistos que provocaram muito choro. Aquilo que parecia ganho, se tornou perdas irreparáveis. Tudo isto poderia ser evitado se dessem ouvidos a pessoas certas ou se não aceitassem conselhos errados. O certo é que pelo erro de uns, que pensaram que os outros não seriam atingidos, muitos pagaram, sofreram e até mesmo morreram.

1) ENGANADOS PELOS OLHOS:
a) Acã, olho gordo (Js 7.1-26):
Israel conheceu sua primeira derrota vergonhosa e Josué não se conformou com aquela situação (7.6-9). Buscou e recebeu a resposta, mas Deus contou somente o “milagre” e não o “santo” (7.11).

Depois revelou a trilha do erro, pois o pecado estava em uma das tribos, em uma das famílias e em um homem (7.14), mas a ação para descobrir o culpado deveria ser de Josué (7.15). Lançaram sorte sobre as tribos e caiu sobre Judá (7.16), depois separaram a família de Zerá (7.17) até chegarem a Zabdi (7.18), para então encontrarem oulcpado pela derrota, Acã (7.18). Não adianta esconder, pois Deus trilha o caminho certo para revelar o erro (Mt 10.26).

b) A confissão:
Acã, ao ser revelado, imaginou que seu erro seria perdoado se somente desse “glória ao Senhor”, confessando publicamente seu erro e devolvendo, posteriormente e envergonhado, os objetos escondidos, produtos de furto.

A capa, a prata, o ouro, as tendas o rebanho, a família, foram apedrejados , queimados a fogo no vale de Acor, que se tornou vale de maldição para os israelitas nunca mais esquecerem, até que o profeta Oséias profetizasse a benção sobre aquele lugar (Os 2.15). Depois Israel pelejou novamente contra a cidade Ai e saiu vitorioso.

c) Os perdedores da história:
  • Uns 3000 homens envergonhados no primeiro round (7.4);
  • 36 que foram feridos pelos homens de Ai;
  • Josué que ficou indignado com aquela vergonhosa derrota (7.9);
  • A tribo de Judá, envergonhada diante das outras pelo erro de um homem (7.17);
  • A família de Zerá e a casa de Zabdi (7.17-18);
  • O ladrão Acã (7.19);
  • A família de Acã (7.24-25).

Outro personagem enganado pela olhos foi o rei Saul que contrariou a vontade de Deus, expressa pela instrumentalidade de Samuel (1 Sm 15.3). Ele não obedeceu totalmente as ordens e preservou o que considerou de melhor do inimigo (15.8). Amaleque, o primeiro povo que se opôs a Israel logo na saída do Egito (Ex 17.8), que naquela ocasião ficaram sabendo que a guerra seria entre eles e Deus (Ex 17.14-16).

Os perdedores neste erro de Saul foram ele próprio, que perdeu o reinado (15.28), ficou atormentado (16.14) e a nação que ficou sem um verdadeiro governante (18.29), que somente procurava ocasião contra Davi e esqueceu dos seus súditos.

2) ENGANADOS PELO CORAÇÃO:
a) 1ª mulher estranha de Sansão (Jz 14.1) – a mulher do 7º dia (14.17):
Na terra dos filisteus, Sansão se afeiçoou a uma mulher filistéia, a primeira, e pediu aos seus pais que a tomassem por mulher a ele. Não havia mulher entre as filhas de seus irmãos? Precisava buscar entre os filisteus (14.3)? Ele queria aquele e ponto final, pois ela agradava os seus olhos. Foi ela que iniciou os seus problemas após a descoberta de seu enigma.

b) 2ª e 3ª mulheres de Sansão
Desceu a Gaza, fortaleza indefesa dos filisteus (cf 16.3) e se envolveu com uma prostituta (16.1). Depois se afeiçoou a Dalila (16.4). O seu tormento, aquela que o fez dormir entre os joelhos para que um outro homem rapasse a sua cabeça (16.19).

c) Eu sou forte – sei o que estou fazendo
Se julgava forte o bastante para suportar a mistura com os filisteus? Matou um leão (14.6), arrancou o portão da cidade fortaleza indefesa de Gaza (16.3), ateou fogo na seara dos filisteus (15.4-5), matou 30 asquelonitas, que não tinham nada a ver com a história (14.19), feriu 1000 homens com uma queixada de jumento (15.15), mas não resistiu aos encantos da mulher do 7º dia, que revelou seu enigma para os convidados. Sua força nos braços não foi párea para os encantos e pedidos femininos (14.17; 16.16-17).

d) Os perdedores da história
  • A família de sua primeira eposa (15.6);
  • A tribo de Judá (15.9-10);
  • Sansão, que perdeu seus olhos (16.21) e sua vida (16.31).

3) ENGANADOS PELO PODER:
a) Davi – o peixe que morreu pela boca (2 Sm 11.1)
O seu exército fez o que ele mandou, foi para a guerra (Sm 11.1), porém ele ficou em Jerusalém e teve uma visão (Sm 11.2), que perturbou sua mente e vida.

Como era a autoridade máxima da nação, mandou chamar a mulher, Bate-Seba, casada com Urias, o heteu, e pecou. Não bastasse isto, mandou chamar o marido, ordenou que ele fosse a sua casa, para a sua esposa, na tentativa de encobrir a paternidade (11.11) da criança que nasceria, mas diante da recusa do fiel soldado, o rei reenviou-o ao combate para ser morto na linha de frente (11.15).

b) Os perdedores da história:
  • Davi, que enfrentou a revolta de Absalão (15.6);
  • Davi diante da vergonha prevista na profecia de Natã (11.12);
  • Davi, quando soube do incesto cometido por Amnon (13.11);
  • Davi, quando soube do assassinato de Amnon, planejado por Absalão (13.29);
  • Davi, ao fugir para proteger Jerusalém do revoltoso Absalão (15.14);
  • Davi, ao ser envergonhado por Absalão, diante dos olhos de todos (16.22);
  • Davi, quando soube da morte de Absalão (18.33);
Ou seja, todos perderam, Davi, filhos e nação.

4) CONCLUSÃO:
Os olhos podem não ser puros (Mt 6.23; I Jo 2.16), o coração pode até condenar (I Jo 3.21) e o poder pode até corromper homens, mas o certo é que podemos ser derrotados por estes instrumentos, antes devemos usá-los a fim de progredirmos, agradarmos a Deus e ansiarmos pela nossa recompensa maior (I Co 2.9; cf Mt 28.18).

Por: Ailton da Silva - Ano IV

Obadias - informações essenciais

PROPÓSITO:
Mostrar que Deus castiga aqueles que afligem o seu povo.

AUTOR:
Obadias. Muito pouco é conhecido a respeito desse homem, cujo nome significa “servo (ou adorador) do Senhor”.

DESTINATÁRIOS:
Os edomitas (idumeus), os judeus que estavam em Judá e o povo de Deus em qualquer lugar do mundo.

DATA:
Possivelmente durante o reinado de Jeorão em Judá, ente 855 e 849 a.C., ou talvez durante o ministério de jeremias entre 627 e 586 a.C.

PANORAMA:
Historicamente, Edom atormentava os judeus há muito tempo. Mesmo antes da elaboração deste livro, os edomitas já tinham participado de ataques contra Judá. Se admitirmos as datas acima, esta profecia fora conhecida antes da divisão de Israel nos Reinos do Norte e do Sul, e antes da conquista de Judá por Nabucodonosor em 586 a.C.

VERSÍCULO CHAVE:
“Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça” (1.15)

PESSOAS-CHAVE:
Os edomitas.

LUGARES CHAVES:
Edom e Jerusalém.

CARACTERISTIA PARTICULAR:
O livro de Obadias utiliza uma vigorosa linguagem poética e foi escrito sob a forma de um canto fúnebre de condenação.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - Ano IV

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

lição 9 - proposta

Por: Ailton da Silva - Ano IV

Lição 8 - pós aula

A CHAMADA
Elias encontrou um moço e forjou um homem.

O que ele poderia esperar? O moço tinha uma chamada.

A situação complicada de nossa vida certamente servirá para alguém, um dia. Elias que nos diga.

Deitar água nas mãos do outro! Quem é que faz isto hoje?

Eliseu largou o material e se preocupou somente com o espiritual.

Elias contou toda a sua trajetória de vida, seu desafio no Carmelo e suas intervenções no reino de Israel, mas será que Eliseu acreditava nestas histórias de principio, ou resolveu dar credito naquele velho e pobre homem.

Elias dizia: “Quando eu tinha a sua idade, eu ia, fazia, falava, Deus me usou, não tinha medo, eu era, e blá, blá, blá”.

FORMAÇÃO DE OBREIROS
Quem aproveitou o legado de Elias foi um esperto.

Eliseu não queria se transformar no maior profeta do Antigo Testamento, pensava somente na continuidade do ministério profético (escola de profetas). Os moços ficariam sem líder.

O moço estava preparado? Elias, a hora que a água chegar no ombro de Eliseu ele saberá o que fazer!

Um dia, Eliseu se viu só, sem Elias, não tinha alguém mais para se apoiar ou esperar. Agora era ele e Deus. O Deus de Elias.

Mesmo andando com Elias, Eliseu ainda não tinha condições de enfrentar Jezabel, mas não precisava se preocupar com ela. Segundo a revelação da chamada, ela não escaparia da espada de Eliseu (1 Rs 19.17), mas se escapasse certamente seria morta pelo “outro profeta”.

A MAIOR REVELAÇAO JÁ ENTREGUE PARA UM HOMEM
E disse Elias: “Vamos ver o que Deus tem reservado para mim em Horebe, o monte das revelações. Já se revelou à Moisés (Ex 3.1) e também a Lei (Ex 19 - 20).

A revelação: “Eu ainda tenho um equipe, 7100 – 7000 fiéis, 100 profetas e dentre os 7000 tenho um socorrista e o seu sucessor.

VÁ E VEM DE ELIAS
Vá a Acabe – e diga que não vai chover, EU cumprirei;
Vá ao Querite – porque já ordenei que os corvos te sustentem;
Vá a Acabe  - e diga que vai chover, EU cumprirei;
Vá a Sarepta – porque já ordenei que uma viúva te sustente;
Vá a Horebe – PORQUE SERÁ CUMPRIDO O SEU CAMINHO.

Para todos os outros lugares houve um “vá” e uma recompensa ou promessa, mas para Horebe, a única certeza foi que seu caminho seria cumprido, como de fato o é até hoje. O que moveu o coração de Elias para que cumprisse este ide?

Vai embora Eliseu, vai embora Eliseu, vai embora Eliseu, por três vezes Elias disse isto. Tem muitos ouvindo o mesmo na atualidade. Vai embora, fulano, vai embora fulano, vai embora fulano, para outro lugar, para outro ministério.

Elias seria tomado de Eliseu. Ficaria doente, morreria, então foi por isto que Eliseu não o quis deixar, sabia que ele precisaria de ajuda, ou será que imaginou que o professor seria tomado e levado ao céu por um redemoinho e que veria carros e cavalos de fogo.

A CAPA – LANÇAMENTO E CAÍDA
A capa ainda está sendo jogada em muitos, mas isto não é sinal para que saiam e realizem o dobro de milagres, ou é?

Eliseu somente começou a ser usado depois da ida de Elias e após a queda da capa, antes ele não tinha condições, era apenas um moço aprendiz de profeta.

Tem muita gente pulando etapas. Não esqueçam, capa lançada é sinal de transferência e capa caída sobre alguém é inicio de ministério, antes disto, quebraremos a cara.

Elias deixou Eliseu despedir dos pais, ora! Deixou ele lagar o arado, guardá-lo, preparar o churrasco, beijar os pais para então depois seguir o profeta mestre. Jesus não deixa fazer isto (Lc 9.59-62).

Porque Elias esperou por tudo isto? Será que pensou rápido: “Estou sozinho mesmo, sei que existem 7100, quem sabe este menino tem chamada”.
  
PORÇÃO DOBRADA
“Pede o que queres agora”! Esta pergunta deve ser feita com muita cautela na atualidade.

Eliseu se imaginava inútil? Sem condições para dar continuidade ao ministério profético? Será que imaginou: “se pedir apenas a porção normal certamente não darei conta, então vou pedir dobrada”.

O mérito de Eliseu não é por causa do dobro de milagres e sim em virtude da porção dobrada.

Elias deixou um legado espiritual, por isto Eliseu desejou continuar. Mas também deixou a moral inquestionável. Imagine se Eliseu dissesse: “eu profeta, como aquele Elias, prefiro ficar no campo cuidando de minhas terras”.

Elias nunca se sentou na mesa de Jezabel, nem mesmo para trocar uma ideia, pedir alguma recompensa. Ele temia que alguém pudesse vê-lo e imaginar que estivesse desviado de sua missão e fé.

Por: Ailton da Silva - Ano IV

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Meu filho amado em que me comprazo,também chegou a sua hora!


Qual era a opção de Elias ante ao seu iminente arrebatamento? Fugir? Argumentar, questionar ou retardar por alguns dias o evento? Ele não questionou nas oportunidades anteriores quando ouviu o “VAI”, então não teria cabimento, alguma outra reação a não ser a mais pura obediência no momento em que ouvisse o “VEM” (cf Ap 11.12), mesmo porque a carne nada pode fazer diante do chamado de Deus (cf Ec 12.7).

1) “VAI” – NA TERRA
Vá a Acabe por três vezes (1 Rs 17.1; 18.1; 21.18), ao Querite (1 Rs 17.3), à Sarepta (1 Rs 17.9), a Horebe (1 Rs 19.8), ao deserto de Damasco (1 Rs 19.15), em todas estas oportunidades ele obedeceu as ordens recebidas. Para Jezreel, ele também foi (1 Rs 18.46), mas por conta própria, no ímpeto de ver a derrota de Jezabel.

A situação ficou difícil para Elias em Jezreel, consequência de sua decisão precipitada, tanto que teve que se afastar para Berseba (1 Rs 19.3). Após receber o socorro de Deus se dirigiu a Horebe para receber a maior de todas as revelações: “Ainda existem sete mil fiéis, cem profetas, o socorrista Obadias e também o outro profeta que tú ungirás em seu lugar”, o seja, ainda existe uma grande equipe (1 Rs 19.17-18; 18.4, 13).

Parece que a situação estava melhorando para Elias, o chefe daquela equipe. Então ele pensou: “saio da caverna, reúno estes fiéis e profetas e procuro o sucessor e declaro guerra aos apóstatas. Agora está do jeito que sempre desejei, assim dá gosto fazer a obra”.

2) “VEM” – PARA O CÉU. A APOSENTADORIA PRECOCE E TEMPORÁRIA DE ELIAS
O trabalho de Elias foi facilitado devido a obediência e perseverança de Eliseu (1 Rs 19.19-21; 2 Rs 2.1-8), mas se aproximava o momento de transferir o “cajado”. Ele havia feito muito, merecia um descanso, férias, uma aposentadoria com tempo determinado para ser revertida (Mc 91-4; Ap 11.3-6).

a) O improvável pedido de Elias
Ele nunca questionou as ordens de Deus, tampouco o fez nesta oportunidade, pois sabia o que lhe estava reservado (2 Rs 2.10). Estava convicto de que seria tirado da terra, tal como houvera acontecido com Enoque (Gn 5.24), o primeiro a ser tomado por Deus, durante a era patriarcal. Elias seria o segundo, já na vigência da Lei Mosaica e anos mais tarde, após a instituição da Graça, outro acontecimento aumentaria ainda mais os mistérios de Deus.

Porém, mesmo com este forte apelo e contexto histórico, Elias poderia ter feito o seguinte pedido a Deus, pelo menos nós faríamos: “Deus, agora que o negócio fluiu, agora que ficou bom e prosperou. Quando eu estava em depressão na caverna, o Senhor não concedeu a morte, conforme meu pedido (1 Rs 19.4), mas agora que estou trabalhando, feliz, produzindo, ensinando Eliseu, tenho muito por fazer, tenho muitas almas a ganhar. Além do mais, o moço ainda não esta preparado, me acrescenta mais uns quinze anos (Is 38.5)”.

A resposta de Deus seria imediata, caso Elias tivesse argumentado desta forma: “Quando pediste a morte na depressão, a ação mais correta da minha parte seria o livramento daquela situação. Quanto a Eliseu, não se preocupe, algo cairá sobre ele (2 Rs 2.13; cf At 2.1-4). Quanto ao tempo extra que me pediste, os quinze anos, Eu te darei um pouco menos, algo em torno de quarenta e dois meses, hum mil duzentos e sessenta dias (Ap 11.3) e te concederei também um momento de conversa com Moisés e uma audiência (Mc 9.1-4) com meu Filho amado em que me comprazo. Está bom para você Elias?”

Parece que ouço Elias dizendo: “Só se for agora, Senhor, me leve”. A mesma reação de Pedro, quando não permitindo que Jesus lavasse os seus pés, arregalou os olhos ao ouvir que não teria parte com Ele se não permitisse (Jo 13.8-9).

3) MEU FILHO AMADO, AGORA É A SUA VEZ
Nos dois casos anteriores, homens foram tirados da terra (Gn 5.24; 2 Rs 2.11), mas agora seria diferente, ascensão glorificada diante dos olhos humanos, ação que somente o Filho[1] foi capaz de fazer. Enoque foi o primeiro e Elias o segundo a serem tomados por Deus, por isto não conheceram a morte e estão esperando o momento certo para conhecerem-na[2], ou será que Moisés voltará para assumir o lugar de um dos dois, para morrer pela segunda vez[3]? Sejam quais forem as duas testemunhas, o certo é que ambos subirão ao céu diante dos olhos humanos em um nuvem (Ap 11.112), após ouvirem o “VEM”, mas nada que possa ser comparado ao glorioso retorno de Jesus aos braços do Pai (At 1.9). Um corpo glorioso, isento de dores, angustias, sofrimento, medo e solidão (Mt 26.38; 27.46).

O estado perfeito para desejar continuar entre os homens, mas Ele esteve na terra para fazer a sua vontade Daquele que o enviou e não a sua própria (Jo 5.30). Jesus também poderia ter argumentado com o Pai, tal como pudera ter feito Elias: “Tive fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.38), fui traído (Lc 22.6), etc. e agora que tudo está correndo bem, estou visitando meus discípulos, ensinando-os, alegrando e comissionando-os (Lc 23.13-49), permita que eu fique mais um pouco, pois eles ainda não estão preparados”.

Certamente Deus responderia assim para Jesus: “consumastes a obra. Quanto aos discípulos, o Espírito Santo virá sobre eles (At 2.1-40”. Jesus concluiria dizendo: “Eu e Ti, somos um (Jo 10.30), a Tua vontade é a minha, não precisa repetir o chamado”. Então uma nuvem recebeu Jesus e o ocultou. Era o Pai abraçando o Filho.


[1] Nenhum outro membro da família de Jesus ou parente seu foi capaz de repetir este ato, nenhum!
[2] Caso sejam realmente uma das duas testemunhas do Apocalipse
[3] Deus viu o seu corpo sem vida e o escondeu (Dt 34.5-6; Jd 1.9)

Por: Ailton da Silva - Ano IV

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O legado de Elias - Plano de aula

TEXTO ÁUREO
“E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do Senhor, para que consultemos ao Senhor por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias” (2 Rs 3.11)

VERDADE PRÁTICA
Através do ministério de Eliseu aprendemos que os grandes homens foram aqueles que aprenderam a servir.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – 1 Rs 19.16-17, 19-21
16 - Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.
17 - E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu.
19 - Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele, e ele estava com a duodécima; e Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele.
20 - Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei. E ele lhe disse: Vai, e volta; porque que te tenho feito?
21 - Voltou, pois, de atrás dele, e tomou uma junta de bois, e os matou, e com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se levantou, e seguiu a Elias, e o servia.

PROPOSTA DA LIÇÃO
          Horebe, voltas às origens da fé de Elias;
          Diálogo com Deus: correção de distorções;
          Eliseu era um dos 7000, trabalhador e consciente;
          Manto de Elias sobre Eliseu – transferência de autoridade;
          Eliseu, discípulo de Elias, perseverante e vigilante;
          Porção dobrada: Eliseu preferiu o nobre e não o medíocre;
          Legado de Elias: coragem, ousadia, piedade e fé;
          Virtudes espirituais e valores morais = homem de Deus;
          Deus escolheu, a dedo, um sucessor para Elias.

INTRODUÇÃO
“Nada morre de Deus quando um homem de Deus morre” (A.W. Tozer). Essa máxima é verdadeira em relação ao profeta Elias e ao seu sucessor Eliseu, os quais exerceram ministérios excepcionais no Reino do norte e, sem dúvida, foram alguns dos responsáveis por ajudarem o povo de Deus a manterem a sua identidade. Todavia, assim como todos os homens, chegou o dia em que Elias precisou parar, mas ele teve o cuidado de seguir as orientações recebidas para proceder a escolha correta de seu sucessor, bem como para prepará-lo.

Elias foi um gigante espiritual, um homem de Deus bem sucedido, em suas tarefas (1 Rs 17.1; 18.1, 38), “de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética”. Em determinado momento de sua história ele se imaginou sozinho na causa santa, abandonado por todos, mas Deus deixou claro que ainda existiam muitos fiéis em Israel (1 Rs 19.18), assim entendeu que a restauração do reino não terminava com seu ofício e sim se iniciava.

Ele deixou através de seu legado, constituído da “herança moral, ministerial e espiritual”, condições para que Eliseu desse continuidade ao ministério profético em Israel.

Este aprendizado serviu para todas as gerações que se seguiram após Elias, inclusive a moderna. Ele entendeu que a obra não podia ser feita individualmente, mas sim coletivamente. Aquele era o momento certo de parar e preparar o seu sucessor. Assim como ele devemos entender e aceitar os nossos limites, bem como trabalhar para preparar as futuras gerações para que possam dar continuidade. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“A fé, as nossas atitudes, o nosso relacionamento com Deus e o compromisso com a sua Palavra são o maior patrimônio que podemos passar às gerações seguintes. O apóstolo Paulo, ao final da carreira, fez menção de sua fé como algo zelosamente guardado no coração. Era a sua preciosa herança para os que viriam depois (2Tm 4:7). Que contribuição estaremos deixando nessa área vital de nossas relações com Deus? Que perspectivas nossos filhos e netos terão da fé ao olharem a nossa história? Eles nos verão como pessoas que sempre souberam confiar em Deus e viverem inteiramente para Ele, ou como incrédulos, sem nenhum legado espiritual, cristão e humano?”

I – O LONGO PERCURSO DE ELIAS
1 – UMA VOLTA ÀS ORIGENS
Após a vitória sobre os profetas de Baal e diante das ameaças de Jezabel, Elias se refugiou em Berseba (1 Rs 19.3), partindo para Horebe (1 Rs 19.8), também conhecido como Monte Sinai (Ex 3.12) onde Deus havia se revelado a Moisés, muito tempo antes como o grande EU SOU (Ex 3.14), para mais tarde entregar a revelação da Lei (Ex 19 – 20). Foi um longo percurso, de aproximadamente quatrocentos quilômetros.

A distância era grande, mas Elias necessitava voltar às origens da sua fé! Sem dúvida, ele estava consciente disto. Provavelmente ele cumpriu as determinações de Deus como houvera cumprido as anteriores (1 Rs 17.1, 3, 9; 18.1), portanto é possível que não tenha parado em algum lugar para descansar, como nas paradas anteriores, quando estava fugindo de Jezabel, pois sua pressa em receber novamente a Palavra deve ter criado em seu coração uma expectativa tamanha e também por ser aquele monte, um local sagrado onde Deus já havia se manifestado por algumas vezes. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Nesse período a Bíblia não cita que Elias tenha parado em algum lugar para descansar, até chegar ao seu destino, o Monte Sinai. Porque ir ao Monte Sinai? Porque o Sinai era um lugar sagrado: ali Deus se revelou a Moisés (Ex 3); quando o povo em fuga do Egito teve sede, a rocha que ficava no monte Sinai deu água (Ex 17:6); foi o lugar onde Deus falava com Moisés (Lv 25:1); foi o lugar onde Deus entregou ao povo, através de Moisés, as placas da Lei. Portanto, se tinha um lugar para ouvi a voz de Deus, era no Monte Sinai.”

2 – UMA REVELAÇÃO TRANSFORMADORA
Enclausurado na caverna, Elias estava com a visão distorcida do plano de Deus em sua vida, estava mal informado, por isto o Senhor iniciou um diálogo com o profeta, para que ele pudesse entender que a restauração de Israel não havia finalizado com o seu ministério, mas sim se iniciado. Este diálogo deu um novo ânimo a Elias e deixou duas coisas patentes:
  • Deus continuava sendo Senhor da história e Elias não havia trabalhado em vão (1 Rs 19.9-14). O Senhor revelou, ao profeta a existência de sete mil remanescentes da adoração a Deus (1 Rs 19.18). Quem eram? Ninguém sabe, mas todos amavam ao Senhor e foram conservados, juntamente com os cem profetas sustentados por Obadias (1 Rs 18.4, 13);
  • Deus revelou a Elias a necessidade de um sucessor (1 Rs 19.16), ele deveria dar lugar a outro. Não houve questionamento, tampouco recusa em cumpri esta missão. Ele entendeu que o tempo de seu ministério se findaria, por isto resolveu fechar com chave de ouro, a obediência. O seu sucessor estava no grupo dos sete mil fiéis.
Elias não era descartável, mas também não era insubstituível. Soube iniciar seu ministério da mesma forma como entendeu que chegaria o término. Saiu na hora certa, “não resistiu diante da vontade de Deus (2 Rs 2.11). Não tinha ao que se apegar (cargos, bens, dinheiro, status, etc.)”. Que isto sirva de exemplo para as lideranças atuais. Sobre isto o professor Luciano de Paula Lourenço escreveu:

“Devemos ser cônscios de que todos temos um tempo definido por Deus para trabalhar para Ele. Quando formos desafiados por Deus a ser substituídos, não devemos imaginar que estamos sendo descartados, ou que Deus não nos quer mais em seu serviço. Além disso, as novas gerações precisam ter sua oportunidade de servir com seus talentos ao Senhor. O próprio Jesus deixou claro que seus seguidores fariam coisas maiores do que Ele mesmo fez, exceto a salvação, é claro (João 14:12). Se o Mestre deu o exemplo de humildade, porque não o podemos seguir?”

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

35) A parábola do fermento - segundo os 4 Evangelistas

MATEUS 13.33-35
  • 33 – Reino dos céus semelhante ao fermento que uma mulher introduz, ou mistura (NTLH) em 3 medidas de farinha (descendentes de Cam, Sem e Jafé?), até que se espalhe pela massa (NTLH);
  • 34 – Jesus falou à multidão por parábolas;
  • 35 – Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta. “Abrirei em parábolas a boca e publicarei as coisas ocultas, desde a criação do mundo” (Sl 78.2).

MARCOS 4.33-34
  • 33 – Conforme Mt 13.34, segundo o que compreendiam. Somente desta forma entenderiam, era uma espécie de desafio;
  • 34 – conforme Mt 13.34, sendo que aos discípulos, Jesus explica tudo (NTLH).

LUCAS 13.20-21
  • 20 – 21 – Reino de Deus (Mateus se referiu ao reino dos céus), é semelhante ao fermento que uma mulher tomando-o, escondeu (segundo Mateus o fermento é introduzido na massa. A NTLH diz que ele é misturado) em 3 medidas de farinha, até que levede tudo.

JOÃO
  • Não há registros.

PRÓXIMO ASSUNTO: A tempestade, o barcão e os barquinhos.

Fonte:
Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.

Por: Ailton da Silva - Ano IV

Amós - informações essenciais

PROPÓSITO:
Anunciar o juízo de Deus sobre Israel, o Reino do Norte, por sua complacência, idolatria e opressão aos pobres.

AUTOR:
Amós.

DESTINATÁRIOS:
Israel, o Reino do Norte, e o povo de Deus em qualquer lugar do mundo.

DATA:
Provavelmente durante os reinados de Jeroboão II, de Israel, e Uzias (Azarias), de Judá (aproximadamente 760 – 750 a.C.).

PANORAMA:
O opulento povo de Israel gozava de paz e prosperidade. As pessoas estavam muito complacentes e oprimiam os pobres, a ponto de vendê-los como escravos. Entretanto, a nação de Israel seria em breve conquistada pela Assíria, e os ricos, transformados em exilados.

VERSÍCULO CHAVE:
“Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene” (5.24).

PESSOA CHAVE:
Amós, Amazias e Jeroboão II.

LUGARES CHAVES:
Betel e Samaria.

CARACTERISTIA PARTICULAR:
Amós emprega metáforas admiráveis extraídas de sua experiência como pastor e agricultor – uma carroça carregada (2.13), um leão rugindo (3.8), uma ovelha mutilada (3.12), vacas gordas (4.1) e um cesto de frutos maduros (8.12).

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - Ano IV