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sábado, 31 de agosto de 2013

118 - Mostre-nos o chefe e nos lhe mostraremos um homem morto. "A ilusão do parto”

“É um motivo de muita alegria estarmos reunidos aqui nesta noite juntamente com os irmãos, Maria e algumas mulheres” (At 1.13-14), nesta que é uma das primeiras reuniões pós-ascensão.

O clima não era de tristeza, mas sim de alegria, pois já estavam se cumprindo o que houvera sido prometido (Jo 16.5-7) aos discípulos durante o ministério terreno de Jesus, bastava esperar a vinda do Consolar, o Outro (Jo 14.16), da mesma espécie, semelhante, porém diferente na operação e ministérios.

Jesus havia descido do céu (Jo 3.13) para resgatar primeiramente as ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15.24; 18.11, cf Mt 10.6), enquanto que o Espírito Santo teria uma abrangência maior, estenderia a Graça a todos os povos, tribos, línguas e nações e poderia ser, por conseguinte, resistido, sim a dureza do coração humano pode resistir ao trabalho do Consolador, por isto fomos orientados a não endurecermos o coração, no momento em que ouvirmos a sua voz (Hb 3.7-8).

“Graça resistível”, nada mais lógico em se tratando do plano divino de salvação da humanidade. De outra forma seria muita injustiça da parte de Deus, uma vez que nem mesmo entre seus discípulos houve manifestação da Graça irresistível, pois um deles resistiu e se perdeu (At 1.16-20).

1) Os amigos da cruz da Cristo:
Estes foram os primeiros a fazerem parte do grupo de amigos da cruz de Cristo. Eles não foram assim considerados, durante o ministério terreno de Jesus, pois não foram capazes de demonstrarem lealdade extrema ao Mestre, na verdade, eram ainda fracos (Lc 22.31-32), de pouca fé (Mt 14.31), vingativos (Mt 26.51; Lc 9.51-56). Em alguns momentos tentaram, mas as atitudes e reações anunciavam que ainda tinham muito por aprenderem.
  • Assutados: chamaram Jesus de fantasma (Mt 14.26);
  • Aborrecidos: pediram para Jesus ordenar que a mulher cananéia se calasse, para não importuná-lo mais (Mt 15.23);
  • Duvidosos: avisaram Jesus que seria impossível que a multidão fosse alimentada somente com sete pães e alguns “lambarizinhos” (Mt 14.17; 15.34);
  • Interesseiros: os filhos de Zebedeu pediram para a mãe[1] entregar um ofício informando que desejavam se assentar um a direita e outro a esquerda (Mt 20.21). Eles esperavam que o clamor da mãe garantisse o atendimento. Seriam eles adeptos da teologia: “peçam à mãe que o Filho atende”?
  • O caçador de recompensa: Judas se dirigiu pessoalmente aos príncipes dos sacerdotes, a dita “intocável sociedade religiosa judaica” (Mt 26;14; At 23.3-4), que não admitia questionamentos. Garantiram para ele uma vida fácil e prazerosa?
  • Medo: Pedro negou Jesus, depois de ter garantido que jamais cometeria tamanha torpeza (Mt 26.33; 26.69-75);
  • Debandada geral: os discípulos se dispersaram entre os becos e vielas de Jerusalém, tão logo contemplaram a espada romana a mando da ignorância judaica da época (Jo 19.26), somente um ficou ao pé da cruz, justamente o último a ser promovido às mansões celestiais. Ele gravou bem aquela cena em sua mente para que “naquele dia” (Ap 1.9-20) pudesse diferenciar corretamente o Cristo vituperado do Glorificado.
“Vale a pena ler de novo”, relembrar a reação de João ao contemplar o Cristo Glorificado:
  • Caiu como morto aos seus pés;
  • Se alegrou quando ouviu: “Não temas”. Eu sou o primeiro e o último, ou seja, antes não houve ninguém e nunca haverá outro, pois não é possível inserirmos alguém entre o primeiro e o último quando o Primeiro também é o Último;
Aquele homem, o que ficou ao pé da cruz, se assustou quando virou-se para ver quem era Aquele que estava falando com ele, que susto! Que visão maravilhosa, contraste do que estava gravado em sua mente. Rapidamente ele comparou o Cristo vituperado com o Glorificado:
  • Vestes longas e peito cingido com cinto de ouro (justiça e fidelidade);
  • Cabelos alvos, o Ancião de Dias, eterno (Dn 7.9), sábio e puro em suas sentenças. Não estavam manchados pelo sangue da cruz;
  • Olhos como chama de fogo (1.14), conhecimento, discernimento infalível. Não estavam inchados como na cruz;
  • Pés semelhantes ao latão ou bronze reluzente (1.15), como que refinados em uma fornalha, representando a sua retidão no cumprimento de sua função judicial, o justo juiz. Não estavam marcados pelos pregos ou manchado pelo sangue;
  • Voz como de muitas águas, limpa, nítida, suave, afinada como uma trombeta. Não era uma voz rouca, como na cruz quando estava sedento;
  • Em sua mão direita tinha sete estrelas (poder, controle e honra), Mãos fortes, que todo este tempo seguraram a igreja e não mais aquelas furadas e manchadas pelo sangue;
  • De sua boca saia uma espada afiada de dois gumes (1.16), sua própria Palavra (Hb 4.12);
  • Seu rosto brilhava como o sol no auge de sua força (1.16). Seu rosto não estava desfigurado como na cruz.
Portanto era de se imaginar que os discípulos não demonstrassem lealdade extrema enquanto estavam ao lado de Jesus, aprendendo com Ele, havia muito por percorrer até atingirem a estatura de varões perfeitos (Ef 4.13).

Mas se tornaram amigos da cruz, quando obedeceram as ordens recebidas (Lc 24.49),”ficai em Jerusalém”, o aparente lugar de fracasso, vergonha, queda, o cemitério de sonhos e local de muitas lembranças dolorosas. Não era tempo de saírem, mesmo que quisessem, ainda não teriam condições de fazerem missões, ganharem o mundo. Era um momento de avaliação, relfexão, preparação e não de atividades.

Por isto, devido a obediência que precedeu a benção, viram aquele local de fracasso se tornar em um ambiente gostoso de restauração. O cenário não foi mudado, não houve mudança de personagens, apenas o Outro Consolador entrou em ação.

A lógica seria fugirem como os seguidores de dois grandes mestres no blefe, na época, Teudas (At 5.36), que havia arrebanhado cerca de quatrocentos seguidores, que tão logo contemplaram seu corpo caído sem vida, fugiram como bodes desgovernados, sem rumo e sem ninguém para cuidar. Outro que ajuntara alguns salteadores para sedição foi “aquele egípcio” (At 21.38), com o qual Paulo foi confundido, que audácia comparar o trabalho dos apóstolos, os verdadeiros e únicos, com a fanfarronice destes dois bastardos. Nos dois casos houve dispersão, com a morte dos líderes, justamente o que não foi visto com a morte de Jesus, pois ela serviu para agregar e não para dividir. E olha que os discípulos foram ao sepulcro para verem corpo do Mestre, mas não encontraram (Lc 24.12).

Tinha inicio a obra primitiva, com então suas paredes já reunidas e fundamento ainda muito mais sólido (a pedra angular, rejeitada), sobre qual a igreja seria estabelecida (Mt 16.18), sobre Ele, Ele é a pedra, o fundamento, o que dá sustentação. A pedrinha pequena foi somente um instrumento nas mãos de Jesus, jamais rogou algo para si, não era “doido” para almejar este título.

Portanto que outro resultado poderia ser visto na então explicita igreja primitiva, que não temeria ser vista após a chegada do Consolador? Crescimento e reunião dos amigos da cruz. Aqueles que julgavam importante a vida eterna, que desejaram mudança de vida, que não temeriam as consequências e que se colocariam a disposição do dono da obra (cf At 9.6, parte a) “que queres que te faças”. Foi isto que Paulo disse Jesus, tão logo compreendeu sua chamada. Era como se declarasse: “não vivo mais eu, que queres que eu faça para ti, deixo para trás todos os meus anseios materiais”.

No inicio foram apenas onze discípulos fiéis que se ajuntaram a algumas mulheres, Maria e outros irmãos em uma calorosa reunião de oração (At 1.13-14). Depois este número subiu para cento e vinte, os quais presenciaram a escolha de um substituto ao perdido, Judas Iscariotes (At 1.15-26). Após a primeira pregação pública de Pedro o número subiu assustadoramente para três mil que de bom grado receberam a Palavra.

Todos os apóstolos (os que não se julgavam donos da igreja primitiva) ficaram admirados e alegres, sentimento que aumentou quando contemplaram os cerca de quase cinco mil, que foram agregados após a comprovação[2] cientifica e religiosa do primeiro milagre da era apostólica (At 4.4; 3.1-7). Mas a satisfação maior foi quando eles viram que o mesmo grupo se mantinha fiel aos primeiros cultos de ensino (At 6.1), que alegria por verem que não estavam somente atrás de bênçãos, curas, sinais e maravilhas. A igreja também queria aprender, desejava a excelência do conhecimento de Deus. Talvez por isto houve necessidade de recursos materiais, haja vista que quando sentavam para ouvir, esqueciam do tempo[3].

É desta forma que se “compra e se conquista amigos” e somente Jesus possui estas prerrogativas. Ele comprou com seu sangue e conquistou com o seu sacrifício. Fomos comprados e conquistados!

2) Os inimigos da cruz de Cristo
Os amigos da cruz iniciavam suas reuniões dizendo: “é um motivo de muita alegria estarmos reunidos”, já os inimigos não tinham este privilégio. Os encontros deles não eram motivos de muita alegria, era de tristeza, de nojo, provocavam ânsias em qualquer um dos amigos que contemplasse.

De um lado estavam os judaizantes, “os da circuncisão” e os que não se conformavam com a perda[4] e com o admirável crescimento da obra e na mesma mão desta via apareceram os gnósticos, “os da carne fraca e má” com todas as suas variantes, entre elas o docetismo, que agregava “os do cristo fingido, irreal, sem carne e sem dores”. Ensinos distorcidos que se tornaram oposição aos apóstolos. Uma miscelânea de bobagens, heresias, misticismo, orindos de um ceticismo sem precedentes. O importante para eles era a comida, a vestimenta, honras, conforto e prazer. Comportavam-se como se fossem viver sobre a terra para todo o sempre.

O gnosticimo, resultado do sincretismo entre o dualismo platônico (o bem: coisas invisíveis, Deus, espírito, ideias e o mal: coisas visíveis, mundo, corpo e matéria), as religiões orientais, o monoteísmo judaico e alguns princípios cristãos distorcidos. Uma verdadeira bagunça, que garantia a salvação através do gnoses, conhecimento secreto, ciência. Os gnósticos faziam parte de um clube fechado, os iluminados, que possuíam segredos, senhas e que estavam escondidos entre a multidão, camuflados, os guardiões do céu, da terra e do Templo, que fascínio desnecessário. A parasita que se apegou ao cristianismo.

Homens que estavam encurvados e que enxergavam somente o umbigo, egocêntricos, adoradores de si mesmo, que ignoravam a eternidade, o porvir e que depositavam todas suas fichas no presente, na temporalidade, na carne. E olha que era apenas o nascimento desta corrente de pensamento que anos mais tarde atingiria seu ápice, lá pelos idos do século II da era cristã. Por enquanto era só um embrião e já causava estragos tamanhos. As sementes heréticas, que brotaram mais tarde, foram lançadas no inicio da igreja primitiva.

Eles apareceram somente depois da cruz, não propriamente no momento em que foi fincada no chão, mas depois que ela ficou vazia. Eles não tiveram coragem de se manifestarem antes, pois imaginaram que Jesus estivesse blefando, já que não acreditavam na possibilidade de, um deus, se rebaixar tanto e se tornar carne. Como seria possível o próprio Jeová, o provedor de Israel, se revestir da maligna e imprestável carne humana? Isto era inaceitável para eles. O que dizer então do sacrífico Divino em favor dos súditos? Escândalos para os gregos, já que todos os deuses de sua vasta mitologia nunca fizeram nada em prol deles, somente se vingavam, violentavam, destruíam, viviam em constantes conflitos, desciam para fazerem maldades e de uma hora para outra Jesus apareceu e contrariou tudo o que fora ensinado através do programa “helenização total”. Não vou me prender ao caso da ressuscitação e ascenção, já que também era inaceitável para os descrentes.

Os lideres da igreja primitiva logo elegeram, pela visão espiritual, o gnosticismo como uma ameaça real e perigosa para os cristãos do mundo, pois subliminarmente tentava transformar o cristianismo em uma filosofia religiosa.

Um emaranhado de ensinamentos sem pé e cabeça, que era capaz de deixar qualquer um de cabelo em pé ou confuso. Conceitos doutrinários distorcidos, sem esperança nenhuma no porvir, álias era isto o que a mitogica da época e a atual consegue garantir.

Alguns erros doutrinários dos gnósticos que feriam o ensino apostólico:
  • Alma – uma pequena fagulha da divindade, aprisionada temporariamente no falível e imprestável corpo humano;
  • Salvação - libertação da alma do corpo, da "contaminação corporal", da prisão, para se encontrar com o Divino, mas para isto era necessário a intermediação de seres um poucos menos divinos;
  • Cristo – antes de chegar à terra entregou parte de seu poder a estes seres intermediadores, ficando sem poder e autoridade. Sua morte comprovou sua inferioridade, já que não havia sido capaz de impedir seu sofrimento. Esta teoria foi combatida por Paulo, através do ensino sobre a plenitude e senhorio de Cristo (Cl 1.15-19; 2.9-10);
  • Docetismo – negavam a encarnação de Cristo (1 Jo 4.1-3; 2 Jo 7). Ensinavam que Jesus não teve um corpo físico, fora apenas um fantasma, um espírito (Lc 24.37-40). Alziro Zarur em um de seus momentos de desvaneios, declarou que Jesus não poderia, tampouco deveria, diante das imutáveis Leis da Natureza, se revestir da carne, produto da lama, que é totalmente incompatível com natureza espiritual, segundo ele, o corpo foi, digamos, fluídico. Ele foi mais adiante ao afirmar que Maria houvera sido vitima da chamada “ilusão de parto”? Então quem ela deitou na manjedoura? Quem ela viu crescer como os demais meninos (Lc 2.52)? Ele sentiu fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), dormiu (Mt 8.25)? Tudo isto fora fruto da ilusão de parto?
  • Prática cristã (Ascetismo) – suprimiam, negavam, mortificavam os desejoa da carne, pois a julgavam má (1 Tm 4.1-5). Eram caracterizados pela libertinagem, sensualismo e entregavam-se a toda e qualquer paixão sem restrição, pois o mal do corpo não poderia afetar a alma que era intrinsecamente boa.
“Eles se gloriavam de coisas das quais deviam se envergonhar”. Aquilo não era um motivo de muita alegria, pelo contrário. Na contra mão deste lixo doutrinário esteve Paulo, ensinando a igreja e combatendo os hereges, mas sem leva-los para a fogueira, pois em nenhum momento, durante seu ministério, foi taxado de caçador de hereges, um inquisidor, a não ser pelas hostes malignas e potestades, que sabiam muito bem com quem estava mexendo (At 19.15).

Ele foi ousado ao dizer que a igreja deveria imitá-lo, pois se colocou como exemplo para os fiéis, mas acima de tudo, foi corajoso, uma vez que se tornou a “bola da vez”. Era tudo o que os inimigos da cruz queriam. Como eles desejaram exterminar aquilo que chamavam de mal para o judaísmo ou para os helênicos. Imaginaram que tão logo eliminassem o apóstolo, seus seguidores se disperasariam, mas erraram quando elegeram o “chefe, o cabeça, o promotor de sedição”. Sentiriam na pele o quanto seria difícil “recalcitrar contra os aguilhões”.

Referências:
Bíblia de estudo aplicação pessoal - BAP (ARC). CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje (NTLH). Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

MACARTHUR, John. Novo Testamento. Comentários expositivos Filipenses. 1939.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse - Versículo por Versículo. CPAD.



[1] Eles não tiveram coragem de fazer o pedido, por isto pediram a mãe. Seria isto uma prova infalível que não adianta pedir à “mãe”?
[2] O primeiro milagre da igreja primitiva passou pelo crivo pela alta cúpula do Templo.
[3] Não imagino alguém se levantando para passear, conversar, ir ao sanitário ou para ir embora durante o ensino de qualquer um dos apóstolos. Quando eles começavam a contar as experiências, tudo o que aconteceu e quando deixavam o Consolador usá-lo, a igreja ficava ouvindo atenta.
[4] O maior país que professava o judaísmo estava perdendo adeptos para a igreja primitiva. Os judeus não entendiam este êxodo. 

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Confrontando os inimigos da cruz de Cristo. Plano de aula

TEXTO ÁUREO
“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo” (Fp 3.18).

VERDADE PRÁTICA
A cruz de Cristo é o ponto central da fé cristã: sem ela não pode haver cristianismo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Fp 3.17-21
17 - Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.
18 - Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.
19 - O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.
20 - Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
21 - que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
  
PROPOSTA DA LIÇÃO
          “Sede meus imitadores”: Paulo não era presunçoso;
          Paulo exortou os filipenses a observarem e a aprenderem;
          Todos nós temos livre acesso ao trono da Graça de Deus;
          Inimigos da cruz: os judaizantes que rodeavam a igreja;
          Gnósticos: viviam para satisfazer os prazeres da carne;
          A atitude destes invalidavam a obra expiatória de Cristo;
          A cidade está nos céus: muito melhor que a terrena;
          Um dia receberemos um corpo glorificado e incorruptível;
          Falsas doutrinas levam ao naufrágio na fé.

INTRODUÇÃO
Das advertências de Paulo à igreja em Filipos, a exortação para que permanecessem firmes na fé e mantivessem a alegria que a nova vida em Cristo proporciona, é uma das mais importantes. O apóstolo assim demonstrou todo o seu zelo pelo filipenses e deveria ser imitado pela igreja (1 Co 11.1).

O conhecido como o “receptor da misericórdia de Deus”, padrão para todos os cristãos, doutrinador, ético, compromissado com a obra, um homem de caráter e ensino aprovados, portanto era o modelo ideal a ser imitado.

Ele e deixou bem claro que estava ciente da presença dos falsos cristãos que haviam se infiltrado no seio da igreja. Tais eram, de fato, inimigos da cruz de Cristo. Sobre isto o professor Francisco A. Bezerra escreveu:

“Os inimigos da cruz de Cristo apregoavam o legalismo, a lei e os códigos de conduta, porém não conheciam a cruz ensanguentada. Todavia, Paulo chama a atenção não somente a respeito dos judaizantes, mas também quanto os irmãos que não viviam de acordo com o modelo de serviço e sacrifício de Cristo. Paulo pede aos filipenses que lutem contra estes inimigos a fim de que não venham sucumbir na fé. Esta advertência de Paulo deve ser levada a sério pela igreja na atualidade, pois atualmente também muitos são os inimigos dessa cruz ensanguentada!”

Tais advertências devem ser observadas à risca, pois da mesma forma, atacam a igreja na atualidade e não são poucos os que se declaram ou que são incluídos neste rol de inimigos da cruz de Cristo.

Eles não se manifestaram durante o ministério terreno de Jesus, um ou outro pode ter se revelado, mas não mostraram suas forças, garras, ira toda a oposição que seria levantada tão logo fosse consumado o sacrifício no Calvário.

Eles imaginavam que Jesus estivesse blefando, ou que fosse somente mais um dos aventureiros que já haviam passado ou que passariam por aquelas terras, tal como Teudas (At 5.36) que conseguira reunir algo em torno de quatrocentos homens, que se dispersaram após sua morte e “aquele egípcio”, o que levara ao deserto quatro mil salteadores ao deserto para sedição (At 21.38). Israel imaginou que na semana seguinte à morte de Jesus tudo voltaria a mais pura normalidade.

Como foi difícil os judeus aceitarem a realidade. a igreja primitiva estava pregando Jesus ressurreto, que não permitiu que seu povo se dissipasse após sua morte, mas que ao contrário, fossem fortalecidos por ela, tanto que de onze discípulos fiéis, algumas mulheres e irmãos (At 1.13) presentes nas reuniões de oração e de obreiros, o número de seguidores já havia chegado a cento e vinte (At 1.15), mas nada que possa ser comparado ao vertiginoso crescimento visto após a primeira pregação pública (At 2.41) e ao elevado número de congregados após a realização e confirmação do primeiro milagre da era apostólica (At 4.4). O crescimento também foi verificado nos primeiros cultos de ensinos (At 6.1).

I. EXORTAÇÃO À FIRMEZA EM CRISTO (3.17)
1. IMITANDO O EXEMPLO DE PAULO (V.17A). 
Quando Paulo pediu aos filipenses para que o imitassem, não estava sendo presunçoso. Precisamos compreender a atitude do apóstolo não como falta de modéstia, ou falsa humildade, mas imbuída de uma coragem espiritual e moral de colocar-se, em Cristo, como referência de vida e fé para aquela igreja (1 Co 4.16,17; 11.1; Ef 5.1).

Paulo mostrou que a verdadeira humildade acata serenamente a responsabilidade de vivermos uma vida digna de ser imitada. Ele resistiu aos cães, falsos obreiros e falsos ensinos e da mesma forma a igreja deveria resistir, mas isto somente seria possível se os cristãos o vissem como espelho, como modelo a ser imitado.

O exemplo maior não seria vista na igreja, ao tentar ou quando atingisse este estágio, mas a maior demonstração de coragem, ousadia e certeza partiu dele que se colocou como “a bola da vez”, pois ao instruir a igreja para que o imitasse, estava revelando ao inimigo romano, ora influenciado pela colegiado religioso judeu, a sua identidade espiritual, um servo de Jesus, prisioneiro e livre, cidadão judeu, romano e principalmente do céu.

Mais do que se colocar como um a ser imitado, ele estava se colocando como alvo do inimigo. O “cara” a ser batido, a ser aniquilado, a peste, o promotor de sedições, o causador de tumulto, o cabeça e defensor da seita dos nazarenos (At 24.5 – ARC; NTLH; NVI). Quem sabe os judeus não imaginavam que tudo pudesse voltar a normalidade após a morte de Paulo.

2. O EXEMPLO DE OUTROS OBREIROS FIÉIS (V.17B). 
“Observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” é uma referencia ao valor da influência testemunhal de outros cristãos, principalmente os recomendadíssimos Timóteo e Epafrodito ou “quaisquer outros que experimentassem a mesma qualidade de vida que Paulo”. O apóstolo chama a atenção dos cristãos filipenses para observarem os fiéis e aprenderem uns com os outros com o objetivo de não se desviarem da fé. Sobre isto o professor Francisco A. Bezerra escreveu:

“Se esforçando por ser exemplo, Paulo ordenou aos filipenses para que também observassem aqueles que andassem de acordo com o padrão que eles viam nele e em seus seguidores. O termo grego Skopeo (observar) é a forma verbal do substantivo traduzido como "meta" no versículo 14, e poderia ser traduzida como "fixar o olhar em." Paulo está com vigor, dizendo: "Concentre-se naqueles cuja caminhada (conduta diária) é de acordo com o padrão correto que vocês viram em mim e em meus companheiros". Isso incluiria Timóteo e Epafrodito, a quem os filipenses conheciam, assim como os bispos e diáconos de Filipos (1.1). A palavra nós, no entanto, é mais provável como um plural literário, uma forma humilde de Paulo para se referir a si mesmo”.

3. TENDO OUTRO ESTILO DE VIDA. 
Muitas vezes somos forçados a acreditar que somente os obreiros devem ter um estilo de vida separado exclusivamente a Deus. Essa dualidade entre “clero” e “leigos” remonta à velha prática eclesiástica estabelecida pela Igreja Romana, na Idade Média, onde uma elite (o clero) governava a igreja e esta (os leigos) se tornavam reféns daquela.

É urgente resgatar o ideal da Reforma Protestante, ou seja, a “doutrina do sacerdócio de todos os crentes”, ou “Sacerdócio Universal” (1 Pe 2.9), “o adorador resgatado”. Todos nós, obreiros ou não, temos o livre acesso ao trono da Graça de Deus por Cristo Jesus. Não tentemos costurar o véu que Deus rasgou!

II. OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO (3.18,19)
1. OS INIMIGOS DA CRUZ (V.18). 
Depois de alertar a igreja quanto ao perigo que representava a presença dos ditos inimigos da cruz de Cristo, Paulo mostra que o ministério pastoral é regado com muitas lágrimas. A maior luta do apóstolo era com as heresias dos falsos cristãos judeus. Paulo chama os judaizantes de “inimigos da cruz de Cristo”, já que não havia outro grupo poderia assim ser designado, homens cujo deus era o ventre, que buscavam glória para próprios confundi-los e que pensavam somente nas coisas terrenas, quem mais agia assim naquelas terras, senão os judaizantes e as correntes gnósticas e os simpatizantes dos docetismos que teimavam em rodear e perturbar a igreja primitiva.

O apóstolo conclamou a igreja a resistir tais inimigos, mesmo que com lágrimas, pois eles tinham como objetivo principal minar a sua autoridade pastoral. O apóstolo já havia enfrentado inimigos semelhantes em Corinto (1 Co 6.12). Agora, em Filipos, havia outro grupo que adotava a doutrina gnóstica. Sobre isto o professor Francisco A. Bezerra escreveu:

“Agora Paulo chega a uma parte muito importante da sua carta, ele exorta os cristãos filipenses para serem firmes em Cristo na observância do Evangelho. A preocupação do apóstolo era com os falsos mestres que se aproximavam dos crentes filipenses. Estes mestres eram considerados por ele “inimigos da cruz”, pessoas que trabalhavam para esvaziar o sentido da Cruz de Cristo. O apóstolo havia-os enfrentado noutras ocasiões. De acordo com especialistas do Novo Testamento, é difícil identificar estes inimigos da cruz na carta de filipenses. Mas pelo teor do ensino de Paulo contra uma concepção legalista de cristianismo e uma perspectiva libertina da graça, judaizantes e gnósticos são as identidades mais aceitas”.

Este grupo de falsos crentes (3.18,19), que ensinavam e pregavam uma falsa e perigosa liberdade transvestida de graça, pois afirmavam que a matéria era ruim e de fato estavam certos, mas na continuidade do ensino se revelava a verdadeira intenção. Acertavam na temporalidade da carne, no entanto, desprezavam a santidade não se preocupação com a separação do mundo. Para eles não havia nenhum problema em pecar através da “carne”, já que toda e qualquer coisa que fizessem com o corpo, e através dele, não afetaria a nossa alma. Essa ideia herética e diabólica é energicamente refutada pela Palavra de Deus (1Ts 5.23) e continua atualíssima.

2. “O DEUS DELES É O VENTRE” (3.19). 
O termo “ventre” aqui é figurado e representa os “apetites” carnais e sensuais. Os inimigos da cruz viviam para satisfazer os prazeres desenfreados da carne (glutonaria, bebedice, imoralidade sexual, etc.), com os olhares fitos em seus próprios umbigos, egocêntricos, “adoradores de si mesmo”, que pensavam somente em satisfazer seus desejos lascivos, pois acreditavam que tais atitudes “meramente carnais” não afetariam a alma nem o espírito. Porém, o ensino de Paulo aos gálatas derruba por terra esse equivocado pensamento (Gl 5.16,17). Eles pensavam e buscavam somente no “comamos e bebamos que amanhã morreremos”. Que fim poderia estar reservado a eles? Perdição eterna (Fp 3.19).

3. “A GLÓRIA DELES” (3.19). 
Paulo sabia que aqueles falsos crentes não tinham qualquer escrúpulo nem vergonha. Entregavam-se às degradações morais sem o menor pudor e, mesmo assim, queriam estar na igreja como se nada tivessem feito de errado. “Eles se gloriavam de coisas das quais deviam se envergonhar”. Para eles o importante era a comida, vestimenta, honras, conforto e prazer. “Comportavam-se como se fossem viver sobre a terra para todo o sempre”.

O apóstolo os trata como inimigos da cruz de Cristo, porque as atitudes deles invalidavam a obra expiatória do Senhor. A declaração paulina é enfática acerca daqueles que negam a eficácia da cruz de Cristo: a perdição eterna.

O castigo dos ímpios será inevitável e eterno (Ap 21.8; Mt 25.46). Um dia, eles ressuscitarão para se apresentarem diante do Grande Trono Branco, no Juízo Final, e serão julgados e lançados na Geena (o lago de fogo), que é o estado final dos ímpios e dos demônios (Ap 20.11-15).

III. O FUTURO GLORIOSO DOS QUE AMAM A CRUZ DE CRISTO
1. “MAS A NOSSA CIDADE ESTÁ NOS CÉUS” (FP 3.20). 
Os inimigos da cruz de Cristo eram os crentes que viviam para as coisas terrenas. Paulo, então, numa alusão ao vindouro glorioso, lembra aos irmãos de Filipos que “a nossa cidade está nos céus”, o lugar da morada de Deus, de bem aventurança eterna. Quando o apóstolo escreveu tais palavras, ele tomou como exemplo a cidade de Filipos. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “Filipos estava localizada na principal rota de transportes da Macedônia, uma extensão da Via Ápia, que unia a parte oriental do império à Itália”.

O apóstolo faz questão de mostrar que aquilo que Cristo tem preparado para os crentes é algo muito superior a Filipos (v.20). O apóstolo mostra que o cidadão romano honrava a César, porém os crentes de Filipos deveriam honrar muito mais a Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial. Abraão se dispôs a viver em tendas (Hb 11.13-16) e Moisés abriu mão dos tesouros do Egito (Hb 11.24-26) em virtude da expectativa criada pela possibilidade de habitarem em terras melhores, recompensa de Deus. Tal como eles devemos buscar uma vida de santidade.

2. “QUE TRANSFORMARÁ O NOSSO CORPO ABATIDO” (FP 3.21). 
O estado atual do nosso corpo é de fraqueza, pois ainda estamos sujeitos às enfermidades e à morte. Mas um dia receberemos um corpo glorificado e incorruptível.

Os gnósticos ensinavam que o mal era inerente ao corpo. Por isso, diziam que só se deve servir a Deus com o espírito. Eles afirmavam ainda que de nada aproveita cuidar do corpo, pois este se perderá. Erroneamente, acrescentavam que o interesse de Cristo é salvar apenas o espírito. A Palavra de Deus refuta tal doutrina. Ainda que venhamos a sucumbir à morte, seremos um dia transformados e teremos um corpo glorioso semelhante ao de Cristo glorificado (Fp 3.21; 1Ts 5.23; 1Co 15.42-54).

3. VIVENDO EM ESPERANÇA. VIVEMOS TEMPOS TRABALHOSOS E DIFÍCEIS (2 Tm 3.1-9). 
Quantas falsas doutrinas querem adentrar nossas igrejas. Infelizmente, não são poucos os que naufragam na fé. Nós, contudo, à semelhança de Paulo, nutrimos uma gloriosa esperança (Rm 8.18). Haja o que houver, aconteça o que acontecer, o nosso coração estará seguro em Deus e em sua promessa (Ap 7.17; 21.4).

CONCLUSÃO
Precisamos estar atentos, pois muitos são os inimigos da cruz de Cristo. Eles procuram introduzir, sorrateiramente, doutrinas contrárias e perniciosas à fé cristã. Muitos são os ardis do adversário para enganar os crentes e macular a Igreja do Senhor. Por isso, precisamos vigiar, orar e perseverar no “ensino dos apóstolos” até a vinda de Jesus. Eis a promessa que gera a gloriosa esperança em nosso coração.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Conscientizar-se da necessidade de se manter firme:
       Devemos resistir, seguindo o exemplo de Paulo.

2) Saber quais são os inimigos da cruz de Cristo:
       Aqueles que vivem como se nunca fossem morrer.

3) Aprender sobre o futuro glorioso dos que amam a cruz:
       A promessa da cidade e do corpo glorioso.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, Francisco A. Confrontando os inimigos da cruz de Cristo. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2013/08/licao-9-confrontando-os-inimigos-da_28.html. Acesso em 29 de agosto de 2013.

BARBOSA, José Roberto A. Confrontando os inimigos da cruz de Cristo. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/08/licao-09.html, Acesso em 28 de agosto de 2013.

Bíblia de estudo aplicação pessoal. CPAD, 2003

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje. Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

CARNEIRO FILHO, Geraldo. Confrontando os inimigos da cruz de Cristo. Disponível em:http://pastorgeraldocarneirofilho.blogspot.com.br/2013/08/3-trimestre-de-2013-licao-n-09-01092013.html. Acesso em 29 de agosto de 2013.

Estudantes da Bíblia. Confrontando os inimigos da cruz de Cristo. Disponível em: http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoescpad/2013/ 2013-03-09.htm, Acesso em 28 de agosto de 2013.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Confrontando os inimigos da cruz de Cristo. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/08/aula-09-confrontando-os-inimigos-da.html. Acesso em 28 de agosto de 2013

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Colossenses - informações essenciais

PROPÓSITO:
Combater os erros na igreja e mostrar que os crentes tem tudo o que precisam em Cristo.

AUTOR:
Paulo.

DESTINATÁRIOS:
A igreja em Colossos, uma cidade na Ásia Menor, e todos os crentes, em todos lugares.

DATA:
Aproximadamente 60 d.C., durante a prisão de Paulo em Roma.

PANORAMA:
Paulo nunca tinha visitado Colossos. Evidentemente, a igreja havia sido fundada por Epafras e outros crentes que se converteram durante as viagens missionarias de Paulo. A igreja, porém, havia sofrido a infiltração de um relativismo religioso, com alguns crentes tentando combinar elementos do paganismo e da filosofia secular com doutrina cristã. Paulo confronta estes falsos ensinos e afirma a suficiência de Cristo.

VERSÍCULO CHAVE:
“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade!” (2.9,10)

PESSOA CHAVE:
Paulo, Timóteo, Tíquico, Onésimo, Arístarco, Marcos e Epafras.

LUGARES CHAVES:
Colossos e Laodicéia (4.15,16).

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:
Cristo é apresentado como tendo absoluta supremacia e exclusiva suficiência. A carta aos Colossenses tem semelhança com Efésios, provavelmente por ter sido escrita aproximadamente na mesma época, mas possuiu uma ênfase distante.

Informações extraídas da seção “Informações essenciais” – Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Proposta - lição 9

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

Pós aula - lição 8


Mais uma da série: Valha-nos Deus: “Nem sabia que tínhamos um alvo”

Objetivo – permanecer na graça
Meta – salvação

Filipos, a igreja que não dava trabalho, tal como Adão e Eva, um verdadeiro paraíso, mas Paulo percebeu a falta de raiz, raiz esta que poderia livrá-los da queda. Uma igreja enraizada jamais será iludida com esta falácia: “sereis iguais a Deus”.

Em Éfeso faltava o recebimento do Espírito Santo (At 19), apenas manejavam bem a Palavra, colocavam em prova os que se diziam apóstolos (Ap 2.2), em Filipos ocorria o contrário, faltava a excelência do conhecimento.

Muita alegria, mas pouca raiz.

“A casa poderia ruir”, Paulo percebeu que mesmo diante da alegria e ausência de problemas algo de ruim poderia acontecer com a igreja. No Éden e na Terra Prometida (dividida com o inimigo) o “barraco caiu”, porque não poderia cair na igreja também.

A probabilidade de Adão e Eva serem expulsos do paraíso era quase nula diante da nossa em perder a salvação.

Para Pedro o “barraco caiu”, quando ele garantiu que não negaria Jesus ao mesmo tempo em que não confiava na reciproca de seus irmãos discípulos: “eu não, talvez eles” (Mt 26.33).

Paulo recebeu primeiro, aprendeu, colocou em prática e depois ensinou.

Se aparecer outro evangelho sem prêmio, corram, pois é falácia. Sem prêmio, sem corrida.

Ninguém apanha no começo, no meio da caminhada também é difícil, mas após a primeira demonstração de maturidade: “pernas para que te quero”.

O primeiro casal sabia muito bem o que era certo e errado, mas não resistiram à primeira ofertinha do Maligno

Talvez eles pensaram: “não negaremos, não sairemos da presença de Deus, jamais. Nada nos tira da presença do Senhor”.

Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé, mas o que recebi do Senhor entreguei tudo.

Hino sugerido para a aula: “O culto hoje vai ser maravilhoso, porque Jesus vai derramar o seu poder”.

Ao primeiro sinal de maturidade de Isaque, Deus o colocou a prova. O “cara da história” foi o filho e não o pai.

O filho aceitou fazer parte do quase sacrifício para o pai ser abençoado. Ele não largou “o pai no altar”, muitos hoje estão fazendo isto.

Ninguém me avisou:
  • Que fora do ventre eu sofreria;
  • Que a transição entre a infância e adolescência seria traumática;
  • Que a transição entre a adolescência e a fase adulta seria dolorosa;
  • Pelo menos na igreja estou sendo avisado que na vida espiritual estarei sujeito à adversidades. 
“Eu não tenho mais nada para aprender, já recebi tudo do próprio Deus”.

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V

sábado, 24 de agosto de 2013

Onde foi que eu errei?

E disse Caim: “Meu Senhor, onde foi que eu errei?” E respondeu Deus do seu trono: “Você não adorou, não entregou o verdadeiro sacríficio, veio com improvisos, plano B, além do mais, tentou me convencer com sacrífico de frutas”, fruto de seu suor (e olha que não preciso pedir perdão por fazer uso de trocadilhos, pois “Eu Sou”).

Você me ofereceu frutos da terra, apanhados no fundo de seu quintal, e que quintal hein? Sua família é dona de tudo, propriedade que se perde de vista, daria para criar e sustentar rebanhos e mais rebanhos, mas você perdeu a hora, chegou atrasado, lembrou em cima da hora do seu compromisso espiritual. Chegou tarde do serviço, cansado, cheio de problemas. Saiu correndo e apanhou o que deu pelo caminho[1], mais ou menos pensou algo parecido com isto: “É para Deus mesmo, Ele é o dono do ouro e prata e não precisa do meu melhor”.

Como você agiu diferente do meu grande amigo Abraão (2 Cr 20.7; Tg 2.23), que entregou o seu melhor, foi tão calmo, tranquilo, chorando é verdade, mas confiante, porque sua intenção foi me agradar. Ele andou mais ou menos uns três dias de caminhada pelo deserto em direção ao local do sacrifício. Não saiu correndo, desesperado como você, não murmurou, não procurou ou criou facilidades, não “trocou os filhos[2]”, não tentou entregar o prole do vizinho e tampouco saiu correndo atrás de Ismael que havia despedido dias antes (Gn 21.14-21). “Por mim mesmo, eu digo, que ele não tentou me tapear, mesmo porque não conseguiria”. Já pensou se pegasse um garoto qualquer no meio do caminho, um menor abandonado.

Caim, você começou bem a sua carreira, tal como seus pais, que estavam no melhor lugar, em uma dimensão inimaginável a qualquer mente humana, lugar indescritível, incomparável, inatingível, a menos que consigam passar pela comissão de boas vindas e guardiões que coloquei para impedirem o acesso à árvore da vida (Gn 3.24), como Eu disse: “lugar inimaginável para as mentes nervosas humanas, que tentam descobrir o local exato na terra onde estava instalado este jardim”.

Suposições é o que não faltam, Oriente Médio, antigo e histórico Crescente Fértil, parte inundada do Golfo Pérsico, “entre os rios”, ao sul, no local exato onde eles se abraçam com suas águas, perto da cidade de onde Eu tirei o “pai na fé” de multidões (Gl 3.7), o antes idólatra (Js 24.2) que fora convertido em um exemplo para todos (Gl 3.6), o que primeiro ouviu a pregação do Evangelho (Gl 3.8).

Pois bem, você começou bem a sua carreira, o filho do casal número um, o primeiro gerado pós Éden, o que assombrou o patético mundo cientifico da época, pois quem em sã consciência poderia imaginar alguém sendo gerado fora do jardim e pior ainda, a ciência primitiva não conseguiu explicar como foi possível aquela vida ser sustentada fora do ambiente favorável visto no local onde o homem não voltaria mais a pisar. Os sábios e entendidos já relutavam em admitir o fiel cumprimento de minha Palavra (Gn 3.16).

Será que seus pais imaginaram que para terem os filhos, como prometi, Eu permitira que eles retornassem às origens. Eu disse: “vou aumentar o seu sofrimento na gradivez, e com muitas dores você dará à luz filhos” (Gn 3.16 – NTLH), seja lá onde for, mas não na dimensão favorável perdida por vocês e não se fala[3] mais neste negocio.

Sua mãe imaginou que você fosse o cumprimento do que ouviu ainda no Éden (Gn 3.15), mas ainda era cedo demais (cf 2 Pe 3.8). Ela entendeu errado, como a maioria do pó da terra, dita racional com vida inteligente, que se imagina alguém. Alguns acham que são Terra, mas na verdade são o pó dela e não ela propriamente. É muito fácil colocar esta geração em seu devido lugar, basta lembrar isto a eles.

Ou ela imaginou que você pudesse vingar a dor da perda, “a dor do parto”, parto de partida mesmo, de despedida. Como choraram aquele dia. Quantas lágrimas derramaram ao ouvirem o barulho do rumar dos querubins fiéis, que se posicionaram para impedir uma possível “invasão de terras”, dos já sentenciados e conhecidos como os “msp” (movimento dos sem paraíso).

Seus pais foram ensinados e avisados, bem antes da queda (Gn 2.15-17), pois o ensino dos céus chega antes da prática, antes do erro. Ficaram sem reação, sequer argumentaram com a famosa frase que muitos hoje amam contra-atacar: “mas ninguém nos avisou”.

Sabe por que seus pais não tiveram esta coragem? Eles ascenderam a pré-excelência do conhecimento (Gn 2.19-20). Viram o que nunca ninguém mais viu nesta Terra. Falaram comigo, digamos, face a face (Gn 3.8-19). A ninguém mais Eu dei tal oportunidade e olha que “gente muito boa”, um tal de Moisés, clamará por isto e Eu não atenderei (Ex 34.18-23).

Álias ele me fará outro pedido e da mesma forma não atenderei. Aos prantos me pedirá para mudar ou rever uma decisão que tomarei. Inútil será para ele, pois não entrará na Terra que prometerei. Mesmo com lágrimas, quebrantamento e tristeza, ele aceitará[4] minha decisão e não questionará, direi apenas uma vez: “chega! não fale mais nisso” (Dt 3.26 – NTLH).

Depois Eu deixarei, anos mais tarde, ele verá a confirmação do ministério profético de Israel (em Elias) e a Graça confirmada e revelada no meu Filho, que não se transformará em outro ser diante dos olhos assombrados e arregalados de Pedro, Tiago e João, apenas revelará sua Glória. Tudo isto no Monte da Transfiguração, nos limites da então Terra Prometida (Mc 9.1-4), pelo menos, por alguns instantes, ele pisará na terra que tanto desejou.

José Roberto A. Barbosa e Luciano de Paula Lourenço e Francisco A. Barbosa escreveram, respectivamente, sobre este momento único e sublime de Jesus:

“A transfiguração de Jesus foi um evento particular (com alguns discípulos) e histórico (em tempo determinado), pois “seis dias depois”, Jesus tomou consigo “Pedro, Tiago e a João”, e os conduziu a um monte alto (Mt. 17.1). Esses apóstolos eram os mais próximos de Jesus (Lc. 6.12). Eles foram chamados, naquela circunstância, com o propósito específico de serem testemunhas oculares (Mc. 14.33). [...] Esse momento glorioso antecipou, no plano escatológico, a glória que nEle haverá de ser revelada (Jo. 12.16,23; 17.5,22-24; II Co. 3.18; Mt. 13.43). [...] Do interior de Jesus irradiou uma luz, ressaltando, assim, Sua glória essencial (Hb. 1.3). Esse acontecimento serviria para fortalecer a fé dos discípulos, o próprio Pedro confessou que Jesus era o Cristo, após aquele momento (Jo. 11.40); 2) a glória do Reino de Jesus – a transfiguração demonstrou a glória do Reino que está por vir (Mt. 16.28), cujo cumprimento visível se dará por ocasião do Milênio (Ap. 19)”.

Não era uma mudança meramente de aparência, mas era uma mudança completa, em que a pessoa passa ter outra forma. Na terra, Jesus tinha a aparência de um homem, mas na Transfiguração, o corpo de Jesus foi transformado em um esplendor glorioso que Ele tinha antes de vir para a Terra (João 17:5); Fp 2:6), e que Ele terá quando voltar em glória (Ap 1:14,15).

“Nós só podemos compreender a transfiguração de Jesus a partir da Sua encarnação. “O Verbo se fez carne e tabernaculou entre os homens, cheio de graça e de verdade”. Quando o Filho de Deus veio a este mundo, Ele tomou sobre Si a carne humana e essa carne serviu como um véu sobre Ele. Por esta razão, enquanto estava na Terra, quando os homens olhavam para Ele, viam apenas um Homem. Não viam a glória do Filho de Deus porque Ele estava coberto pelo véu. Aquele véu que cobria a Sua glória, era a Sua carne. Lemos em Hebreus 10.20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne. O mundo não podia ver Sua glória como a glória do Unigênito do Pai. O que o mundo via era Ele como homem natural, mas Sua glória moral como o Filho do Homem não podia também ser ocultada. Durante toda a Sua vida, Jesus estava sob aquele véu (Mc 7.24). Apenas uma única vez em Sua vida aquele véu foi aberto e a Sua glória brilhou por meio da Sua carne humana, e essa vez foi no monte da transfiguração. Foi apenas por um período curto de tempo e, então, aquele véu caiu sobre Ele novamente até que foi rasgado na cruz do Calvário. Lembramos-nos que, quando Ele foi crucificado, o véu no templo foi rasgado em dois, de alto abaixo e, então Sua glória foi manifestada plenamente”.

E a você que está lendo agora, não te interessa saber de onde eles vieram, onde estavam ou muito menos lhe interessam questionar sobre a formação corpórea ou espiritual destes personagens coadjuvantes que prosearam por alguns instantes com Jesus. Duas ou três partes, carne, espírito, uma miscelânea destas duas naturezas ou algo que não se pode conceber em suas mentes, o importante é que Eu trouxe os dois e os deixei visualizarem a Graça transfigurada em algo sobrenatural e revelada (Mc 9.1-4). E tem mais, não me importo com conceitos humanos, convenções, pensamentos filosóficos, materialistas, doutrinas espíritas, que podem ser criados usando este episódio como fundamento. “Eu Sou” e ponto final.

Para os discípulos, em especial Pedro, eles pareceram carne, tal como eles, tanto que imaginou que pudessem habitar em cabanas feitas por suas mãos (Mc 9.5) e que poderiam se limitar a paredes. Uma pequena falha humana diante do assombro da visão da Glória que fluiu do interior do Filho.

Podem até afirmar que os dois tivessem cumprido cada qual a sua missão na terra, mas a participação deles na história sagrada não se encerrou no sepultamento ou no arrebatamento, respectivamente (Dt 34.5-6; 2 Rs 2.11-12).

A transfiguração teve por objetivo secundário conceder a estes dois grandes vultos do passado hebraico “um momento de intimidade”, um relacionamento com Jesus, tal como os discípulos tiveram durante o ministério terreno, haja vista que os dois personagens somente O conheciam pelas referências proféticas, enquanto que os discípulos e Israel contemplaram e ouviram.

Um confirmou o cumprimento da Lei em Cristo e o outro autenticou o ministério profético de Jesus, uma vez que “o objetivo do ministério de Elias concretizou-se em Cristo Jesus, O único que pode restaurar espiritualmente o ser humano de forma definitiva”, além de ter sido um grande presente de Deus a eles, pois o primeiro havia perdido o direito de entrar na Terra Prometida (Nm 20.10; Dt 3.23-26; 34.4), enquanto que o segundo não contemplou a restauração de Israel até o momento de seu arrebatamento (2 Rs 2.11).

Entendeu agora, Caim onde você errou? Eu ensinei seus pais a andarem segundo os meus estatutos, mesmo que já estivessem no Éden, na glória, no paraíso e na minha presença. Ainda careciam mais, deveriam buscar mais, aprenderem mais, tal como o meu apóstolo Paulo, que buscava a excelência do conhecimento para me agradar.

Eu alertei os hebreus antes de entrarem na Terra que havia jurado a Abraão (Gn 15.13-16). Ali diante de grandes monumentos naturais, Ebal e Gerizim, Eu expus a verdade, as dificuldades que teriam em toda sua história, as recompensas pela fidelidade e a tragédia oriunda da infidelidade (Dt caps 27 e 28).

Eu avisei Israel sobre o Messias, o Filho, que já estava entre eles, pela pregação e ensino de João Batista (Mt 3.1-12).

Eu aviso e ensino minha igreja. Entrego antes para ser entregue depois. Primeiro alguém recebe, coloca em prática e depois ensina. Aprende primeiro para ensinar depois. Se sentar para aprender, Eu o levanto para ensinar depois (1 Co 11.23). Não existe outra forma, tem que sentar primeiro.

Mas seus pais não me ouviram, deram ouvidos a espíritos enganadores, e como são enganadores, como teve coragem de dizer que vocês poderiam ser como Eu (Gn 3.5)? Ainda bem que não disse que poderiam ser maiores que, ai já seria demais.

Mas os hebreus não me ouviram e quando entraram em Canaã e tão logo sentiram o cheiro suave e gostoso da terra, já se deram a práticas ilícitas (Jz caps 1 e 2).

Mas Israel também não deu ouvidos ao profeta do machado, ao homem da mensagem dura, que falava a verdade e que não rodeava. O rude de palavras e vestimentas, o que veio preparar o caminho para o inicio do ministério do Filho. Eles o rejeitaram.

Mas a minha igreja coxeia entre dois pensamentos (1 Rs 18.21), titubeia, parece fraca, alheia, mas Eu ainda continuo operando, fortaleceno corações, separando homens, ministrando bênçãos, revelando a Palavra, manifestando dons espirituais e ministeriais.

Nunca esqueçam disto:
·        A rápida estadia no paraiso;
·        A entrada em Canaã;
·        A visão do Messias encarnado;
·        O Outro Consolador, da mesma espécie, mas de ministério diferente, agindo na igreja.

São elementos suficientes para garantir ao homem a permanência eterna na presença de Deus, mas diante de todas estas grandezas e benéfices há de ressaltar que a qualquer momento o homem pode se distanciar de Deus e rejeitar a sua Graça. E o que levaria a tal?

Estavam no paraiso! Receberam a promessa feita a Abraão! Viram o Filho entre eles! São ensinados sobre o amor de Deus e sentem o Outro Consolador! Como então podem perder? Presunção?

Já estamos no paraíso e nunca mais sairemos! Já estamos na Terra Prometida e não a dividiremos com ninguém! O Messias já está entre nós e nunca o rejeitaremos! O Consolador já age em minha vida e nunca resistirei a Ele!

Será?

Referências:
BARBOSA, Francisco de Assis. Elias no monte da transfiguração. Disponível em: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2013/02/licao-9-elias-no-monte-da-transfiguracao.html.

BARBOSA, José Roberto A. Elias no monte da transfiguração. Disponível em: http://subsidioebd.blogspot.com.br/2013/02/licao-09.html.

Bíblia de estudo aplicação pessoal - BAP (ARC). CPAD, 2003.

Bíblia de Estudo Temas em Concordância. Nova Versão Internacional (NVI). Rio de Janeiro. Editora Central Gospel, 2008

Bíblia Sagrada: Nova tradução na linguagem de hoje (NTLH). Barueri (SP). Sociedade Bíblica do Brasil, 2000.

Bíblia Sagrada – Harpa Cristã. Baureri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2003.

LOURENÇO, Luciano de Paula. Elias no monte da transfiguração. Disponível em: http://luloure.blogspot.com.br/2013/02/aula-09-elias-no-monte-da-transfiguracao.html


[1] A correria foi tremenda, deveria chegar logo ao local do sacrifício, por isto foi apanhando o melhor da terra, sem perguntar se havia algum  responsável pelas plantações.
[2] Deus pediu para Abraão entregar seu unigênito, mas ele tinha dois filhos, um havia sido despedido junto com a mãe (Gn 21.14-21). No entender humano ainda er filho dele, mesmo distante. Deus permitiu a separação e não o esquecimento.
[3] Quando Deus responde ao homem usando esta exressão cabe a ele se recolher e não argumentar mais, tal como Moises (Dt 3.23-26).
[4] Moisés aceitou a decisão de Deus, mas elegeu e apontou os outros culpados (Dt 1.37; 3.26).

Por: Ailton da Silva - Ano IV - caminhando para o ano V