Páginas

sábado, 27 de setembro de 2014

Neemias: como sair do anonimato? Capítulo 9

CAPÍTULO 9
RECONSTRUÇÃO, ORAÇÃO E VIGILÂNCIA

1. A OBRA NÃO FOI PARALISADA:
A única forma dos inimigos terem êxito em suas tentativas de paralisarem a obra seria uma patética união entre eles (4.7-8). Na teoria poderia dar certo, mas na prática o resultado seria bem diferente. Irados, se aliaram, planejaram uma infiltração para distraírem, confundirem e desestabilizarem os judeus. Os inimigos utilizaram artilharia pesada e vários artifícios para impedirem a execução da obra:
  • Desagrado (2.10);
  • Zombaria (2.19);
  • Ira, indignação e escárnio (4.1)
  • Humilhação (4.2);
  • Incitação a violência (4.8)
  • Boatos (4.12);
  • Conspiração contra Neemias (6.2);
  • Levantaram falsas acusações (6.6-7);
  • Subornaram (6.12);
  • Espionaram (6.17-19);
Neemias não queria perder tempo ou desviar o foco. Ele havia recebido um convite para descer ao Vale de Ono, que para ele representaria descer na vida espiritual. Suas respostas à estes convites foram firmes e sábias. Nunca pensou em interromper a obra para se encontrar com os opositores e inimigos. O seu trabalho era mais importante no momento.Tinha certeza da grandeza de sua missão, por isto não quis desviar o seu foco. Ele entendeu a urgência da obraa, por isto corria contra o tempo.

A intenção do inimigo era justamente distrair, negociar e paralisar a obra. Aquela não seria uma simples conversa ou encontro para festejarem, era algo mais. Os acontecimentos que se seguiram revelaram os objetivos daqueles convites:
Distração – queriam retirar o foco da obra (6.2);
  • Dialogo e negociação – barganha, sutileza e engano, pois enquanto estivesse negociando eles imaginaram que a obra pudesse ser paralisada ou esperavam obter alguma vantagem (6.2);
  • Maldade – o plano era afastar Neemias das proximidades da cidade para tentarem contra a sua vida (6.2).
  • Cansaço – queriam vencer Neemias pelo cansaço e pelo muito falar (6.4);
  • Boataria – o objetivo era denegrir a imagem do líder (6.5-7);
  • Medo – espalhariam boatos de possíveis ataques (6.9).

Os inimigos não dariam tréguas (4.9), por isto Neemias animou e mobilizou o povo não somente para a oração, mas também para a vigilância. Trabalho e vigilância ao mesmo tempo, para não serem pegos de surpresa.

Em nenhum momento se deixou intimidar pelas ações dos seus inimigos, antes pelo contrário, se fortalecia a cada ataque, pois a sua liderança se destacava em cada uma de suas decisões. Como um autêntico líder sabia que não teria condições de fugir destas investidas.

Mas será que algumas destas investidas surtiram efeito na vida de Neemias? Será que por alguns momentos ele não pensou em desistir e voltar para a sua antiga função?

2. MOBILIZAÇÃO PARA A ORAÇÃO E VIGILÂNCIA:
A oposição não daria trégua (4.9), por isto Neemias mobilizou o povo para a oração e vigilância. Sua estratégia principal foi dar responsabilidade para todos. Ele posicionou os guardas perto de suas famílias. A grandiosidade da obra era visível e muitos estavam espalhados, por isto ao toque da trombeta todos deveriam se ajuntar a ele (4.19-20). Sua preocupação era com a segurança do povo, por isto colocou guardas nos lugares baixos, altos e por detrás do muro.

3. VIGIEM! EXISTE UM FALSO PROFETA (6.12):
Naquele momento a visão espiritual de Neemias entrou em ação e o inimigo foi detectado. O absurdo era que ele estava do lado de dentro e não de fora e ele não tinha aparência de mal, apenas era mal intencionado. Um infiltrado, que em vez de cooperar para o bom andamento da obra, trabalhou em prol da oposição, talvez motivado pela prometida recompensa, que certamente não viria.

Semaías, o profeta, que se permitiu ser subornado pela oposição (6.10), fez parte de um grande plano maligno através de uma falsa profecia entregue a Neemias. Sua intenção era levar o líder ao Templo, mesmo não tendo descendência levítica.

a) Profecia que infringia a Lei (com erro teológico):
Como os inimigos não conseguiram tirar Neemias de dentro de Jerusalém, então investiram em outro plano. A intenção era prendê-lo no Templo e matá-lo, mas ele discerniu a falsa profecia, pois a mensagem do profeta não condizia com as Escrituras (Nm 18.7). A intenção deste plano era a profanação do Templo (II Cr 26.16). Se queria proteger deveria ter oferecido os átrios para segurança de Neemias e não o interior do Templo.

b) Profecia para impressionar:
Segundo o falso profeta, Neemias corria perigo, por isto era necessário que se escondesse rapidamente conforme suas instruções. Foram ameaças assustadoras, com tom de gravidade e pressa (6.10). Se ele fosse um pouco descompromissado com a obra certamente acreditaria naquela falácia.

c) O pagamento do falso profeta:
O profeta de Deus virou mensageiro do inimigo, prostituiu o seu ministério e se deixou enganar. Recebeu algo por isto? Quantas moedas? Sabia do desejo final do inimigo em matar Neemias? Se arrependeu após o ocorrido, tal como Judas Iscariotes? Tanto um quanto outro estiveram tão pertos de seus líderes e contemplaram as obra de cada um deles, mas não se envolveram como deveriam.

4. VIGIEM! OS NOBRES ESTÃO A SERVIÇO DO INIMIGO:
Como o muro já estava construído não restavam alternativas aos inimigos a não ser destruirem o grande líder. Os nobres em vez de ajudarem, mantinham a oposição informada sobre o andamento da obra e procuravam desestabilizar os judeus que estavam de coração, engajados nos trabalhos, mas o alvo de todos sempre foi Neemias (6.9).


Seria obrigação destes nobres o auxílio a Neemias na reconstrução da cidade? Não seria mais vantajoso e lucrativo para eles o progresso? Ou as promessas e barganhas oferecidas pelo outro lado foram capazes de seduzi-los? Neemias tinha autorização, os nobres não. 

Por: Ailton da Silva - 5 anos (Ide por todo mundo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário